Por volta das 12h10 desta quinta-feira, um homem que apresentava ter 50 anos, bem vestido e com documentos que identificavam ser um Fiscal da Receita Federal, abordou um empresário do ramo de papelaria no centro de Barra Mansa.
O suposto fiscal solicitou documentos que usualmente são pedidos pela Receita. Ele também conhecia todos os termos técnicos e documentações específicas que este órgão fiscal solicita nesses casos.
Em um dos momentos ele pediu ao empresário que assinasse o termo de fiscalização – que segundo o empresário – também tinha o timbrado oficial do órgão. Neste momento, o golpista ainda pediu a confirmação se que aquela assinatura era mesma a correta.
Num segundo momento, o suposto fiscal pediu ao empresário os números de conta bancária e e ele então utilizou dois talões de cheque para conferir.
Após isso e depois diversas solicitações de documentos foram feitas, e pediu, ao final delas, que o lojista retirasse o X da registradora – um registro de movimentação que os fiscais da receita federal geralmente solicitam. Neste momento, ao precisar sair para imprimir o documento – e sua funcionária logo em seguida, atendeu ao suposto fiscal – o golpista rapidamente retirou 4 folhas do talão.
“Este momento foi tudo muito rápido, ele foi bem ágil mesmo. Depois que entreguei tudo a ele e, no caso, ele conseguiu o que queria – que eram a assinatura e os cheques – ele se despediu muito apressadamente, fora do comum nessa situação. Percebi que tinha algo estranho e logo conferi meu talão e fui à delegacia”, explicou o empresário que preferiu não ser identificado nesta matéria.
A CDL de Barra Mansa e demais entidades do comércio orientam a todos os empresários que fiquei ainda mais em alerta nesse momento e confirmem junto à Receita Federal quando um fiscal visitar um estabelecimento.
“É preciso que casos como este e demais golpes sejam registrados na polícia para termos maior controle e buscarmos ações efetivas contra esses crimes no comércio”, define a presidente da CDL BM, Juliana Lanes Rolim.
A Polícia Civil da 90ª DP em Barra Mansa está investigando o caso classificado como crime de estelionato.