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Operação Teia Invisível termina com 5 presos

Terminou com cinco suspeitos presos a operação “Teia Invisível 3”, deflagrada no início da manhã desta segunda-feira pela Polícia Civil de Volta Redonda, com o apoio de agentes do Serviço Reservado do 5º CPA (Comando de Policiamento de Área) da Polícia Militar. O objetivo era cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de dois suspeitos de tráfico, mas a ação policial acabou tendo desdobramentos durante todo o restante da manhã, resultando na apreensão de drogas, uma arma, balanças de precisão, narguilés (um tipo de cachimbo usado para consumo de drogas), uma faca, dinheiro e telefones celulares.

Os mandados de busca e apreensão foram concedidos pela Justiça de Volta Redonda no final do ano passado, a pedido do delegado Antônio Furtado. Os primeiros a serem presos foram Carlos Alexandre Santos de Almeida, o Dodó, de 20 anos, na Rua Epitácio Pessoa, no Dom Bosco, e Salim Alves Marcos Neto, de 19 anos, na Rua da Imprensa, no bairro Caieiras.

Com Dodó foi apreendido um revólver calibre 38, com cinco munições, uma balança de precisão e uma pequena quantidade de maconha. Com Salim, estavam dois rádios de comunicação, usados habitualmente por traficantes, e uma pequena quantidade de maconha. No celular dele, a polícia encontrou mensagens que confirmam, segundo a polícia, o envolvimento do suspeito com o tráfico, pois há pedidos de drogas feitos por usuários. Numa outra, Salim afirma que ele e Dodó – que é namorado de sua irmã – deram muitos tiros em uma pessoa. No mesmo aparelho, foram encontradas fotos de Salim, numa delas fazendo um leque com uma certa quantia em dinheiro. “Não há dúvidas que ele é traficante”, afirmou Furtado, ao fazer o balanço da operação, à tarde, ao lado do adjunto Rodolfo Stala e do major Cavalcanti, do 5º CPA.

Segundo o delegado, a partir da operação, novas denúncias foram passadas ao Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública), à Polícia Militar e ao disque-denúncia da Civil (197), que levaram à prisão dos demais. Na Avenida Madame Curie, no Jardim Primavera, região da Vila Mury, foi preso pelos agentes do Serviço Reservado Gabriel Fernandes Campos, de 19 anos. Ele estava com sete pinos de cocaína em sua residência, um frasco contendo restos de maconha, o narguilé e uma faca, segundo a polícia, usada para triturar maconha.

A prisão de Gabriel levou a polícia a Thiago de Oliveira Gama, o “Ratinho”, de 25 anos, na Rua São Jorge, em Três Poços. A prisão foi efetuada por policiais civis liderados pelo delegado Stala. “Ele estava saindo de casa quando chegamos. Levava na mochila 70 pinos de cocaína. Na casa dele, encontramos mais 130”, explicou o policial. A droga está em invólucros com a inscrição “PU”, que significa que foi comprada de traficantes do Parque União, no Rio.

– Eles compram estes pinos por R$ 5 e revendem em Volta Redonda por R$ 20 – disse Antônio Furtado.

Segundo ele, parte da droga apreendida com Ratinho seria entregue a Raphael Alexandre Bernardo da Silva Ramos, o “Bife”, de 30 anos, que foi preso pela Polícia Civil também em casa, na Rua 45, no bairro Sessenta. Com o suspeito foi apreendida outra balança e uma pequena quantidade de maconha. “Quando a polícia chegou ele estava falando ao celular com um usuário que iria à casa do Bife pegar droga. Ficamos aguardando e, quando o consumidor chegou, confirmou que estava habituado a comprar drogas com ele”, afirmou o delegado na coletiva.

NEGATIVA – Ao serem apresentados, os presos negaram envolvimento com o tráfico. Gabriel, Salim e Dodó reclamaram da polícia ter colocado todo o material apreendido sobre duas mesas, como se fossem responsáveis por todo o material apreendido. “eu estava com sete pinos para cheirar tudo”, disse Gabriel, enquanto Salim dizia não ser responsável pela cocaína e Dodó fazia questão de frisar que a arma com ele apreendida era para sua defesa pessoal.

Dodó foi preso em junho de 2012 por suspeita de tráfico, mas já no final do ano estava em liberdade. Em 12 de dezembro do mesmo ano, ele escapou com vida de um atentado: retirado de casa e levado ao bairro Santa Isabel, em Barra Mansa, ele foi ferido com três tiros. Dodó, segundo a polícia, responde a processos por tentativas de homicídio, dois por tráfico e um por corrupção ativa.

Salim foi preso em março do ano passado e deixou o Presídio João Carlos da Silva, no Rio, em julho. Ele também tem antecedentes por tráfico e associação para o tráfico desde quando ainda era menor de idade.

Gabriel, também de acordo com a polícia, responde por injúria, furto, dano, uso de droga e tráfico, este último quando era adolescente.

Ratinho, até então, tinha apenas uma passagem por porte de drogas. “Mas um dia a casa cai”, comentou Furtado sobre o suspeito encontrado com 200 pinos de cocaína. Sobre Bife, o delegado disse que seus antecedentes são por ameaça e dois casos de lesão corporal.

Todos os presos vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Somadas, as penas podem chegar a 25 anos. Já Dodó foi indiciado também por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, cuja pena prevista em lei é de até quatro anos de reclusão.

INTEGRAÇÃO – Na coletiva, os representantes da Polícia Civil e da Polícia Militar asseguraram que as ações em conjunto vão continuar. Furtado lembrou que, no final do ano passado, ele e o delegado de Barra Mansa, Ronaldo Aparecido, receberam placas de reconhecimento da Secretaria de Segurança pela integração com a PM. “Esta filosofia continua, mas, para nós, o maior prêmio é a prisão de criminosos e a confiança da população”, disse Furtado.

Já o major Cavalcanti reforçou o pedido para que a população colabore com as forças policiais, através de informações. “Quando a gente retira uma arma de circulação, evita um crime. A Polícia Militar e a Polícia Civil vão continuar trabalhando juntas para reduzir a criminalidade”, declarou. Matéria do Foco Regional On line

Na apresentação, da esquerda para direita na foto: Dodó, Salim, Ratinho, Gabriel e Bife

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