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Febre maculosa mata pai e filha em Volta Redonda

A Secretaria de Saúde de Volta Redonda informou na quarta-feira que a morte de Zenilfran Rodrigues, de 45 anos, e de sua filha, Isadora Rodrigues, de 10, ocorridas no mês passado, foram causadas pela febre maculosa. A doença é transmitida pelo carrapato estrela. De acordo com a secretaria, a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Ambiental estão tomando todas as medidas protocolares definidas para estes casos. A suspeita inicial de parentes era de que as mortes, registradas num intervalo de 48 horas, tivessem sido causadas por H1N1, leptospirose, dengue ou meningite.

Entretanto, em nota divulgada à imprensa, a Saúde informa também que os relatos de parentes próximos e o prontuário médico do hospital particular onde os pacientes ficaram internados não indicam pai e filha tenham sido picados por carrapatos. Os parentes esclareceram ainda que o homem foi até a margem do Rio Paraíba do Sul para colher areia – local onde supostamente poderia ter sido contaminado, através da infestação por carrapatos – mas que isso teria ocorrido num domingo, com o paciente apresentando os primeiros sintomas (febre alta) no dia seguinte.

De acordo com a secretaria, trata-se de “um período incompatível com o tempo mínimo de incubação da febre maculosa, que é de pelo menos dois dias até o surgimento dos primeiros sintomas”.  Ainda assim, como é o protocolo em casos de doenças infecciosas, está sendo feita uma investigação sanitária ampla para verificar qual o real foco e identificar o possível transmissor da doença neste caso.

Após a liberação do laudo que confirmou a morte por febre maculosa, a Vigilância Ambiental realizou um estudo de campo, vistoriando a residência das vítimas – onde não foram encontrados carrapatos – e o local onde o homem teria colhido areia, na margem do rio. Neste local, foram encontrados algumas espécies de carrapatos, que foram enviados para análise laboratorial no Lacen (Laboratório Central Noel Nutels), no Rio de Janeiro, para verificar a presença da bactéria que transmite a doença. A secretaria ainda aguarda a liberação deste laudo.

De acordo com a Vigilância Ambiental, uma nova coleta será realizada no local. Na primeira não foi identificada a presença de capivaras – um dos hospedeiros tradicionais do carrapato estrela – mas, sim, de cavalos. Uma coleta será realizada nestes animais e, caso sejam encontrados carrapatos, os espécimes também serão enviados para análise laboratorial.

A secretaria  esclarece ainda que “não há motivos para alarde da população, uma vez que a febre maculosa é uma doença incomum”. Não há registro anterior de óbitos por febre maculosa de moradores de Volta Redonda e os dois casos anteriores foram registrados em 2013.

A Vigilância Ambiental solicita também que, como forma de prevenção, as pessoas evitem locais onde haja a presença de capivaras ou cavalos – como margens de rios e pastos. Se for necessário ir a um destes locais, que medidas preventivas sejam tomadas, como, por exemplo, a utilização de roupas compridas (fechando se possível a boca das calças com fita adesiva); claras (para melhorar a localização de possíveis carrapatos); sapatos ou botas fechados; e depois que sair fazer uma inspeção por todo o corpo para verificar a presença de carrapatos.

No caso da presença de carrapatos, eles devem ser removidos com uma pinça, com um movimento de torção, para que ele se solte da pele. Se houver picada, o animal deve ser retirado em até uma hora para a diminuição dos riscos e a ocorrência deve ser relatada a um médico. Alguns repelentes atuam contra carrapatos e devem ser aplicados, de preferência, sobre as roupas. 

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