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Mutirão de preventivo de câncer de colo de útero é realizado em Barra Mansa

Exames não eram realizados desde junho do ano passado; falta de pagamento do governo passado fez empresa suspender entrega de material

Baixa autoestima, medo da morte e do abandono. Esses são alguns dos sentimentos que afetam as mulheres acometidas pelo câncer, doença que no Brasil atinge 300.860 mil pessoas do sexo feminino (dados do INCA/2016). Para evitar novos casos da doença e principalmente promover a saúde da mulher, a Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Saúde, realizou no sábado, dia 25, um mutirão do preventivo. A ação envolveu 39 USFs (Unidade Saúde da Família) e sete UBSs (Unidade Básicas de Saúde) do município.

Ainda como parte da iniciativa, durante todo esse mês, as unidades de saúde estão trabalhando com horário de serviço prolongado até às 19 horas para atender as mulheres que atuam profissionalmente. A expectativa é de que pelo menos cinco mil mulheres já tenham realizado o exame.

Priscila Monique Alves Carvalho, 31 anos, moradora do bairro Santa Maria II, aprovou a iniciativa da prefeitura. “Realizar exames particulares pesa no orçamento familiar e, com isso, vamos adiando. Foi muito bom a prefeitura retomar esse serviço, com um mutirão durante todo o dia. Já fazia tempo que a gente não conseguia fazer esse exame pelo SUS. Como beneficiária do Bolsa Família preciso estar em dia com os exames”, disse Priscila.

A realização do exame Papanicolau foi suspensa em junho de 2016, segundo o secretário de Saúde Sérgio Gomes, por falta de pagamento. “Sem receber, o prestador de serviços de saúde suspendeu a entrega dos materiais para a coleta de preventivo e a realização da mamografia. Lamentavelmente, apenas o exame clinico das mamas era oferecido, com algumas orientações”, ressaltou Sérgio Gomes, explicando que a  falta de preventivo implicou diretamente  no diagnóstico precoce dos casos suspeitos de câncer de mama e colo do útero.

Atualmente, cerca de 12 mulheres portadoras de câncer de mama e sete com câncer de colo do útero são assistidas pela Secretaria de Saúde do município. Grande parte dos casos está relacionado diretamente ao tempo em que a prefeitura suspendeu a realização dos exames. Mas, os problemas não param por aí. O serviço de atendimento às mulheres mastectomizadas (que passaram por cirurgia de retirada das mamas) também ficou prejudicado. Com isso, para cerca de 50 pacientes restou o sentimento de mutilação, dor, insegurança e incertezas. “Queremos virar essa triste pagina da história de Barra Mansa. Um novo tempo está começando. É o tempo de reconstruir nossa cidade, de resgatar a dignidade e autoestima de todas as mulheres e de toda a população. Essa é a nossa missão”, concluiu o secretário Sérgio Gomes.

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