Polícia prende suspeito de tráfico no bairro São Pedro
29 de maio de 2017
Delegados da Polícia Federal são mortos em saída de boate em Santa Catarina
31 de maio de 2017


Mulher vítima de agressão denuncia ex-marido e recebe atendimento na Casa da Mulher

A autônoma Danila Areal, de 28 anos, denunciou o ex-marido de agressão, através de um vídeo que foi postado numa rede social na segunda-feira. Menos de 24 horas, a vítima teve mais de três milhões de acessos e mais de 115 mil compartilhamentos. O vídeo tem 12 minutos e em um desabafo ela acabou emocionando todos que assistiram a cena, onde ela aparece com hematomas no rosto, olho e no pescoço. Danila morou com o ex-marido durante quase oito anos e tem uma filha de 11 meses.

Ele contou que sofria violência durante o período em que vivia com ele.  Danila recebeu, na casa da amiga Raila de Almeida, também de 28 anos, com quem está morando há um mês, desde que se separou, um grupo de mulheres que foi lhe prestar solidariedade.

“A amiga da vítima entrou em contato comigo via Facebook. Em seguida, falei com ela por telefone. Fiz o primeiro acolhimento, perguntei a Danila se ela conhecia os serviços da secretaria. Ela respondeu que não. Então ofereci a ajuda e me coloquei a disposição para qualquer emergência. Alinhei também o atendimento com a equipe técnica na Casa da Mulher para realizar o primeiro atendimento”, contou Dayse.

A transmissão de 12 minutos relata todo o sofrimento e o seu pedido de ajuda. Além de deixar nítidos os hematomas no olho, pescoço e no braço, a vítima fala do medo da morte. “Eu não sabia dos serviços prestados pela secretaria. O contato foi feito através da minha amiga. A Dayse me ligou, me ofereceu ajuda e eu aceitei. Fui muito bem acolhida, todos se prontificaram a me atender. Quero que todas as mulheres que estão passando por algo parecido saibam que não estão sozinhas. Não estou mais com medo. Agora estou me sentido protegida”, disse Danila.

Segundo a vítima, se expor pela rede social foi uma saída para se manter viva, pois sentia muito medo de morrer. Ela conta que as agressões começaram desde os primeiros meses de relacionamento. “Sempre fui muito vaidosa e me expor dessa forma foi o único jeito de pedir ajudar. Eu só queria que alguém pudesse me ajudar, tinha medo de morrer. Esse tipo de violência acontece todos os dias. Ele é pai da minha filha de 11 meses, ficamos juntos por oito anos. Eu achava que estava sozinha, todo esse tempo e agora vejo que não estou sozinha. As mulheres precisam denunciar”, afirmou.

Para a secretária, a atuação da Casa da Mulher nesses casos é de extrema relevância. Um atendimento especializado e o acompanhamento do caso proporcionam que os direitos das vítimas sejam respeitados. “A Casa da Mulher é serviço de excelência, que é mantido pelo município. Estamos de portas abertas para receber as mulheres de Volta Redonda. Todos os dias, há mulheres agredidas e que sofrem com violência física e psicológica. Temos serviços de qualidade para atender essa mulher, além da Patrulha Maria da Penha e da Casa Abrigo”, contou Dayse.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *