Tecidos coloridos e variados, agulhas, linhas, criatividade e muita dedicação. Esses são os principais instrumentos de trabalho de Maria Dirlene, de 54 anos, que participou da Feira da Preguiça nesta sexta-feira, dia 13, na Praça da Matriz. Artesã há pelo menos sete anos, ela transforma essas matérias-primas em bonecas de pano. O trabalho tem ajudado na complementação da renda familiar, mas também na melhoria da saúde de Dirlene que sofria com dores provocadas pelo reumatismo e artrose.
– O contato com outras pessoas faz uma grande diferença na vida. A gente descobre outras amizades e as novas perspectivas para aprimorar e desenvolver o artesanato chegou através do apoio da prefeitura. Dessa maneira tenho apresentado minha produção em diversos eventos da região. Em alguns consigo comercializar uma média de R$ 200/dia – explicou a artesã.
Yasmim Neves, 24 anos, optou pela produção de doces. Entre as delícias brigadeiros, palha Italiana e rocambole. A jovem concilia a função de operadora de caixa de um estabelecimento comercial do município com os quitutes. “Moro com meus pais e há cinco anos, encontrei na fabricação dos doces uma maneira de contribuir na renda familiar, porém as orientações para apostar nesse empreendedorismo vieram com a participação na Feira da Preguiça”, disse.
Tanto Maria Dirlene quanto Yasmim encontraram na produção artesanal a oportunidade para empreender. Através da Feira da Preguiça, organizada pela prefeitura, por meio da Fundação Cultura, as duas artesãs estão produzindo e mostrando que é possível superar as dificuldades financeiras provocadas pela crise econômica no Brasil.
A feira da Preguiça reúne cerca de 26 artesãs e visa fomentar o empreendedorismo no município, evidenciar as peças produzidas e elevar o potencial de geração de renda. O evento afoi criado em 2003 e integra o Mapa da Cultura do Estado do Rio de Janeiro.