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Secretário de Segurança da intervenção visita Volta Redonda e Angra dos Reis

O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, general Richard Nunes, visitou Volta Redonda na manhã desta quarta-feira. Nomeado para o cargo pelo interventor federal de segurança, o também general Ivan Braga Neto, Nunes – que assumiu no início de março – disse que o objetivo da visita teve por finalidade “conhecer a realidade [do interior] e tomar decisões apropriadas para uma melhor compreensão [da segurança] em todo o estado”. A visita à cidade, onde está a sede da 5ª Risp (Região Integrada de Segurança Pública), seria seguida de outra viagem, até Angra dos Reis, cidade da região Sul Fluminense que apresenta índices preocupantes de violência.

Cercado de seguranças, o general chegou á cidade por volta das 9 horas. O helicóptero que o conduzia pousou no 28º BPM (Batalhão de Polícia Militar). Porém, sua primeira visita foi à Risp, que reúne o comando regional das polícias Civil e Militar. Depois, ele esteve na delegacia de Polícia Civil. Antes de ir almoçar, ele retornou ao batalhão da PM, onde a tropa foi formada para que ele expusesse os objetivos da intervenção e a necessidade de um trabalho conjunto das forças de segurança para combater a criminalidade.

A 5ª Risp foi a primeira a ser visitada pelo secretário, que, em entrevista coletiva, disse que na próxima semana estará em Campos e Macaé. “A minha intenção é ir, a cada mês, a pelo menos duas regiões integradas de segurança. A gente precisa estar no terreno, na ponta da linha, conversando com as pessoas, entendendo a realidade para tomar as melhores decisões”.

Para o secretário, quase três meses após a intervenção já é possível fazer um balanço positivo, embora entenda que em março, quando assumiu, tenha se dedicado mais à estruturação da secretaria, com a mudança do comando das Polícia Militar e da Chefia de Polícia Civil. “Em abril é que começamos a colocar o nosso planejamento integrado em funcionamento. Priorizamos inicialmente o roubo de veículos e tivemos um excelente resultado, com queda de 13%, somente com meio mês de atuação integrada na mancha criminal”, disse em entrevista coletiva. “E conseguimos também alguns compromissos importantes do governo do estado, como o pagamento do 13º  salário [de policiais], que foi colocado em dia. E exatamente hoje estamos começando com o Regime Adicional de Serviço (RAS), que tem um efeito considerável. Para os policiais da 5ª Risp é um aumento de 15 policiais militares para cada batalhão da PM, o que é importante também”.

Richard Nunes disse que, para o Sul Fluminense, o mais importante no momento é que se tenha foco nas cidades onde a criminalidade teve piques de aumento, sobretudo Angra dos Reis. “Aqui em Volta Redonda a questão é setorial, com preocupação com o roubo de rua, que precisa ser combatido com mais eficácia”. Ele considera que a integração das polícias Civil e Militar, com apoio dos órgãos federais, inclusive das Forças Armadas,  é “a chave” para a obtenção de bons resultados.

Guardas municipais

O secretário também foi perguntado sobre a proposta de utilizar guardas municipais de maneira mais efetiva na segurança pública. Ele disse que não enxerga esta tendência como sólida, mas disse que é também necessário que estas corporações também trabalhem de forma integradas com as forças de segurança. “Em Volta Redonda há um exemplo disso, que vi hoje. A Guarda Municipal tem cerca de 200 integrantes e trabalha de forma integrada com a Polícia Militar. O que sei é que há iniciativas para que as guardas municipais possam ser armadas. O nosso posicionamento na Secretária de Segurança é favorável, desde que outros aspectos sejam atendidos, com treinamento para que tenha capacidade de fazer policiamento de proximidade”.

 

Questionado sobre a divisão da opinião pública sobre os efeitos da intervenção, sobretudo por não ter havido ainda uma sensação maior de segurança por parte da população, o general Richard avaliou que há uma “percepção equivocada”.  Para ele, percepção é algo subjetivo, quando o que se deve levar em conta são números.

– A questão da segurança pública não é apenas dos órgãos de segurança. Atuamos em cima de um efeito. As causas são mais profundas. O que nos compete, dentro do quadro da intervenção federal, é fortalecer estas instituições policiais para que façam um trabalho mais adequado. Logicamente, temos que nos pautar por uma metodologia, que o Instituto de Segurança Pública (ISP) nos oferece, acreditando que os números da criminalidade sendo reduzidos cada vez mais. Esta percepção de segurança também vai retornar – respondeu.

O general disse ainda que sua presença no interior se deve também a uma demonstração de que a secretaria quer dar a certeza à população de um combate mais eficaz à criminalidade para que não acha migração de bandidos da capital em função da intervenção na capital.

– O combate mais eficaz à criminalidade nestas áreas [do interior] é justamente para que não haja este tipo de migração e o combate persistente é que vai nos garantir que isso não irá acontecer. Fotos e matéria: Fernando Pedrosa/Foco Regional

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