Produtores estão descartando o leite nas fazendas por falta de transporte
A Cooperativa Agropecuária de Barra Mansa comunicou na manhã desta quarta-feira, através de uma nota, que os produtores de leite estão descartando o produto nas fazendas por falta de caminhões para o seu transporte até as cooperativas da região. A cooperativa fica localizada no bairro Vila Ursulino, como a manifestação está concentrada na saída do bairro, os caminhões estão retidos na empresa e não estão saindo para coleta do leite.
Somente nos três dias de greve dos caminhoneiros, quase 400 mil litros de leite foram jogados fora. Segundo o diretor presidente da cooperativa, Cláudio Martini Meirelles, cerca de 130 mil litros estão sendo descartados todos os dias nas fazendas da região. A paralisação dos caminhoneiros já começa a afetar os postos de combustíveis e alguns produtos em mercados da região.
Nota da Cooperativa de Barra Mansa
A Cooperativa Agropecuária de Barra Mansa comunica com tristeza, indignação e revolta com nossos governantes, por conta da situação causada pelo aumento abusivo dos preços e tributação dos combustíveis, especialmente do diesel, do qual também somos diretamente dependentes, assim como nossos parceiros caminhoneiros.
A partir de hoje, nossos produtores associados e nossos parceiros, com muito ressentimento e dor no coração, serão obrigados a descartar mais de 130 mil litros de leite por dia, devido à paralisação dos transportes. Leite esse que centenas de pessoas envolvidas labutaram para produzir. Esse alimento nobre será descartado nas fazendas, enquanto tantas pessoas necessitam dele.
Não bastasse o desperdício do leite e o prejuízo, ainda temos dificuldade de abastecer as propriedades com insumos, pois nossos caminhões de entrega dos armazéns também estão impossibilitados de trafegar.
Nós, do agronegócio brasileiro, que há tempos trabalhamos carregando o Brasil nas costas, salvando sua economia da incompetência e roubalheira governamental, não podemos aceitar mais tamanho descaso e cinismo do Governo. Temos também que protestar.
Cláudio Martini Meirelles
Diretor Presidente