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Volta Redonda se prepara para aderir à campanha de vacinação contra pólio e sarampo

FEBRE AMARELA - VACINA

Campanha nacional será no próximo mês de agosto, mas vacinas estão disponíveis durante todo o ano nas unidades de saúde

Volta Redonda se prepara para participar da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo que será realizada entre os dias 06 e 31 do próximo mês de agosto, com o Dia D já programado para o sábado, dia 18. O município tem cerca de 14 mil crianças com idade entre um e quatro anos, que formam o público alvo da campanha. A meta é vacinar, no mínimo, 95% dessas crianças, cerca de 13,3 mil.

De acordo com o secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, serão realizadas ações de divulgação e conscientização junto à população para garantir que os pais levem seus filhos às unidades de saúde. “Todas as 44 unidades de saúde da Atenção Básica vão participar da campanha, facilitando o acesso da população às doses da vacina”, afirmou o secretário.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Volta Redonda, Milene Paula de Souza, afirma que o objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal, evitando que doenças já sob controle no país voltem a adoecer crianças e adultos não vacinados. “Pois, a vacina contra a pólio e a tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, são oferecidas na rede pública de saúde pelo Programa Nacional de Imunizações durante todo o ano e estão disponíveis nas unidades de saúde de Volta Redonda”, falou.

A tríplice viral deve ser tomada na infância e em duas doses, a primeira com 12 meses e a segunda com 15 meses. Na segunda dose, a vacina recebe um reforço contra uma quarta doença, a varicela, infecção viral altamente contagiosa que causa a catapora.

A vacina contra a poliomielite torna a criança protegida contra três tipos diferentes do vírus que causa esta doença, conhecida popularmente como paralisia infantil. Para garantir a melhor proteção é preciso tomar cinco doses da vacina antes dos cinco anos de idade. “É importante que os pais levem a caderneta de imunização para registrar a administração das vacinas”, alertou Milene.

No Brasil, coberturas vacinais com doses de reforço estão muito abaixo da meta esperada para todas as vacinas do Calendário Nacional de Imunização. No caso da tríplice viral, a segunda dose da vacina não bate a meta de vacinação, de 95%, desde 2012.

Em Volta Redonda, também houve registro de queda na cobertura vacinal. Em 2014 registramos mais de 95% do público alvo vacinado contra poliomielite, já em 2015, esse percentual caiu para menos de 80%. Em 2016 e 2017 não houve campanha para pólio, as doses foram administradas para atualização do cartão de vacinação – em crianças que estavam com a vacina em atraso.

ALERTA: O Brasil ganhou o título de eliminação do sarampo em 2016, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que o país estava havia um ano sem registro de casos do vírus. Mas, neste ano, novos casos foram introduzidos no Norte do país por uma combinação de não-imunizados brasileiros e infecções vindas da Venezuela.

A poliomielite, doença não registrada há mais de 20 anos no Brasil, também pode voltar. A preocupação com a pólio se dá pelo fato de que, embora não tenha havido casos recentes no Brasil, houve um registro da doença na vizinha Venezuela e da circulação do vírus em 23 países nos últimos três anos.

O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, afirma que o governo municipal não medirá esforços para garantir a ampliação da cobertura vacinal da população para essas doenças. “Os alertas acima colocam em evidência doenças que estavam controladas graças à vacinação em massa, mas que ameaçam provocar estragos na saúde pública brasileira caso a imunização sofra baixas. Volta Redonda vai fazer sua parte”.

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