A Audiência Pública realizada na noite de quinta-feira, na Câmara de Vereadores de Volta Redonda, convocada pela Comissão Especial do Legislativo Municipal, formada pelos vereadores Rodrigo Furtado (presidente), Edson Quinto (relator), e Jarí (membro), recebeu um grande número de pessoas que acompanhou as explanações das autoridades convidadas.
O presidente da Câmara de Vereadores Washington Granato (PTC) abriu a audiência e destacou a importância do encontro para discutir o problema do pátio de escória da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que garantiu mais uma vez que o material, armazenado pela empresa Harsco Metals, no bairro Brasilândia, não oferece riscos à saúde da população e ao meio ambiente. Granato disse que o problema é antigo e apresenta perigo às pessoas e ao meio ambiente, principalmente ao Rio Paraíba do Sul.
Fizeram parte da mesa da Procuradora da República, Marcela Harumi, Os deputados Lucinha (PSDB) e Dr. Julianelli (PSB) da Comissão Ambiental da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano, Márcio Lins (representando o prefeito Samuca Silva), e o advogado da CSN, Fernando Cardoso.
Estiveram presentes representantes de várias associações de moradores, e a presidente da FAM (Federação das Associações de Moradores), Fátima Martins. O Inea (Instituto Estadual do Meio Ambiente) não enviou representante na audiência. O deputado Julianelli destacou a importância da presença dos presentes mostrando suas preocupações com a poluição provocada pela empresa. Ele disse ainda que o Rio Paraíba do Sul é tão importante quanto o Rio São Francisco, que corta grandes cidades.
O presidente da Comissão, Rodrigo Furtado destacou a importância do encontro que tem como objetivo alertar as autoridades sobre os riscos ao meio ambiente, principalmente ao Rio Paraíba do Sul. O vereador Jari, ressaltou a importância da CSN que emprega muitos funcionários, mas criticou o fato de poluir a cidade e não atender as exigências do meio ambiente.
Édson Quinto também mostrou a sua preocupação com o fato se ser um problema grave e que pode trazer consequências ao meio ambiente.
A Procuradora da República, Marcela Harumi, sugeriu que a empresa passe a custear o tratamento de saúde para população afetada pelo pó. Segundo ela, o Ministério Público Federal (MPF) estuda medidas para responsabilizar a CSN, a Harsco e o Inea, recomendação para a solução dos problemas, assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e Ação Civil Pública.
O presidente do MEP (Movimento Ética na Política) gostou dos questionamentos feitos pela população, salvo alguns comentários meramente políticos na audiência. O pré-candidato a deputado federal, Carlos Conrado cobrou mais transparência das empresas e que não haja “uma tentativa de empurrar a poeira, ou melhor, o pó preto para debaixo do tapete”.
Márcio Lins (Representando o prefeito Samuca Silva)