PRF prende suspeitos com produto para “batizar” cocaína na Dutra, em Itatiaia

A 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu no início da madrugada desta segunda-feira, por volta de 00:00, dois suspeitos de tráfico de drogas, em um carro Hyundai- HB20, que havia sido locado com placa de Minas Gerais, no km 218, da Rodovia Presidente Dutra, em Itatiaia.

A fiscalização foi feita em conjunto com a equipe da Operação Égide, de combate ao narcotráfico. No veículo estavam o condutor, de 26 anos e o passageiro de 24 anos. Os agentes perceberam nervosismo dos dois ocupantes do carro. Eles alegaram que estavam vindos de Santos (SP) e que iriam visitar um parente em Volta Redonda.

Ao ser indagado sobre o endereço do familiar, ele não soube responder e disse que iria ligar para o “parente”, para saber qual local de sua residência. Durante revista no interior do veículo os policiais encontraram uma pequena quantidade de maconha (um cigarro) dentro de um maço. No console, uma pequena quantidade de crack (uma pedra).

No porta-malas do veículo foi encontrada numa caixa de papelão uma grande quantidade de pó branco (semelhante a cocaína) dentro de um saco plástico. O condutor, que faz serviço de Uber, disse não saber do que se tratava e que poderia ter sido deixado por algum passageiro.

O carona alegou que o pó branco seria adrenalina e que pertenceria a sua companheira que seria personal trainner, para utilização de seus alunos. Após perceber que os policiais não estavam acreditando o condutor confessou que havia sido contratado pelo passageiro para fazer um “bate e volta” na comunidade da Maré (Vila do João), no Rio de Janeiro e que depois voltariam para Santos (SP)

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o uso de produtos em pó como adrenalina, cafeína, lidocaína, entre outros, para “batizar” a cocaína aumenta o lucro dos traficantes. Os dois receberam voz de prisão por associação ao tráfico e por porte de drogas. A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Polícia, de Itatiaia.

Na perícia foi constatado um grama de maconha, um grama de crack e 19,85 kg de pó branco com laudo inconclusivo, mas, que pode ser usado como “carga” para aumentar o volume de cocaína. O perito enviou a droga para o Instituto de Perícia no Rio de Janeiro, para ser analisado por um químico e identificado o tipo de produto, gerando o laudo definitivo.