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Olimpíadas Especiais de Barra Mansa reúne mais de 250 alunos

Além de promover a prática de esportes adaptada, evento promoveu a integração entre diversas instituições de educação especial na região

Com uma abertura emocionante, com direito à tocha olímpica e hino nacional entoado pela Banda Sinfônica do projeto Música nas Escolas, Barra Mansa sediou no sábado, dia 15, a Olimpes (Olimpíadas Especiais) no Centro Esportivo do UBM (Centro Universitário de Barra Mansa). O evento marcou o retorno da competição após três anos e foi organizado pela prefeitura, através das secretarias de Juventude, Esporte e Lazer e de Educação, UBM e APAD (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes).

Esse ano, a Olimpes contou com a participação das instituições de educação especial que estiveram presentes na primeira edição há 18 anos. Participaram o Cemae (Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado), Associação Pestalozzi de Resende e as APAE’s (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Barra Mansa, Pinheiral e Volta Redonda.

Foram mais de 250 alunos com diferentes deficiências (intelectual, visual, auditiva, física e múltipla) disputando modalidades como lançamento de pelota, caminhada de 25m, corrida de 50m, salto em distância sem corrida, salto em distância com corrida, arremesso, zig zag livre, chute a gol, xadrez, dominó, dama, natação e provas coletivas como voleibol especial, futsal e cabo de guerra. Os jogadores foram acompanhados por profissionais e alunos do curso de Educação Física do UBM. Ao final, todos receberam medalhas de participação, além do pódio que premiou os três primeiros colocados em cada bateria e os troféus de participação das entidades.

O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, e a vice-prefeita, Fátima Lima, acompanharam as competições. Drable destacou o perfil do município para a educação especial. “Barra Mansa é uma referência na educação especial já há mais de 40 anos, graças ao empenho e pioneirismo da Sônia Coutinho que hoje coordena o Cemae. O retorno da Olimpes é mais uma demonstração do carinho, respeito e atenção com as pessoas deficientes que a nossa cidade sempre prezou”, disse.

Para a secretária de Juventude, Esporte e Lazer, Rose Vilela, as Olimpíadas Especiais são ferramentas de inclusão que permitem que o aluno especial tenha a oportunidade de se confraternizar com seus colegas, integrar as instituições e promover o bem-estar. “Os alunos já vinham treinando há algum tempo para que fizessem bonito durante as partidas. A Olimpes é resultado de políticas públicas de inclusão que beneficiam os alunos especiais garantindo o acesso ao esporte para todos, independentemente das limitações. Esse evento é a consolidação de um trabalho sério”, destacou.

Através da lei nº 3.719/2007, de autoria da então vereadora Sônia Coutinho, hoje na coordenação do Cemae, as Olimpíadas Especiais foram criadas oficialmente passando a fazer parte do calendário de atividades do município. “Eu estou nessa luta por mais inclusão e investimentos na educação especial há quase 50 anos. Lembro que iniciamos as olimpíadas especiais há 18 anos mais ou menos. É com muita alegria que estamos aqui depois de três anos retornando com essa importante atividade. Olho para trás e vejo que nada disso seria possível sem o apoio de pessoas e instituições como o UBM que foram pioneiros comigo nessa luta, além dos pais e profissionais que estão sempre nos apoiando”.

Segundo o diretor de Extensão e Educação Continuada do UBM, Luis Fernando Vitorino, a ideia da Olimpes partiu de um desejo da própria comunidade que trabalhava com a educação especial. “Para o Centro Universitário de Barra Mansa é uma grande honra sediar e ser o fundador dessa competição. Retomamos o evento de uma forma modesta, mas com a participação de mais de 250 alunos, com a certeza de que o ganho com cidadania e melhoria da qualidade de vida é um dos grandes objetivos alcançados”, declarou, ressaltando que toda a instituição estava integrada, desde os funcionários até os estudantes dos cursos.

SUPERAÇÃO E SAÚDE

As limitações que a deficiência impõe são barreiras que os atletas especiais superam a cada movimento, salto, chute ou arremesso. Nem mesmo a perda da visão após os 50 anos, foi capaz de parar a dona de casa Aparecida Barbosa. Ela conta que perdeu a visão sete anos atrás, mas apenas há quatro meses começou a frequentar o Cemae e já notou a diferença. “Muitas atividades que eu fazia antes de perder a visão eu voltei a fazer. Com o esporte, estou mais independente, andando sozinha pela rua e isso tem feito uma grande diferença na minha autoestima”, explicou, comemorando as medalhas de participação no arremesso de peso e na caminhada.

As amigas Sueli Cardoso e Rejane Mendonça são deficientes auditivas. Juntas, participaram do arremesso de peso. “Eu gostei muito das Olimpíadas Especiais, principalmente por rever amigos, estar junto e praticar esportes”, disse em Libras, Sueli Cardoso. Max Evangelista, de 29 anos, já está acostumado com os treinos de futsal e foi preparado para vencer. “Eu já treino diariamente nas aulas de Educação Física do Cemae, por isso me sinto preparado”, afirmou.

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