Exposições foram avaliadas por uma comissão que selecionará cinco trabalhos para bolsas de iniciação científica pelo CNPq
Aproveitamento da água da chuva para uso não potável, robô de isopor, pac-man hidráulico, mini ar-condicionado caseiro e sistema de irrigação por energia eólica. Esses foram alguns dos 60 trabalhos expostos durante a V MoCEM (Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa), realizada nesta quinta-feira, dia 18, no CIEP 54 Municipalizado Professora Maria José Machado de Carvalho, na Vila Maria.
Com o objetivo de despertar em alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental o gosto pela ciência e tecnologia, a Mostra busca oferecer aos estudantes práticas de experimentação e pesquisa, contribuindo assim para a descoberta de novos talentos. Foi assim com o Gabriel Alves, de 13 anos, que desenvolveu um freio a disco movido a energia hidráulica. Da paixão por informática e por hidráulica, o aluno inovou no seu experimento. “Eu já gosto de ciências, aí vi que meu amigo colocou um freio hidráulico na bicicleta dele. Com isso, tive a ideia de fazer esse trabalho”, explicou o aluno do Colégio Municipal Prefeito Marcello Drable.
Outro estande que chamou bastante a atenção foi do CEI Vieira da Silva. Focado na saúde, o espaço falou sobre infecções através das mãos, sistema cardiovascular e as consequências do tabagismo no sistema pulmonar. Para isso, as alunas Maria Luiza, Raissa Camile, Sara Gabriele, Amanda Lemos e Jaqueline Silveira levaram para a MoCEM um pulmão saudável de porco, que pode relacionar com o de humano em alguns aspectos como a presença de traqueia, brônquios e bronquíolos, bem como o aspecto esponjoso e elástico do órgão. “Nós mostramos como é a respiração de um pulmão saudável. Ao lado, exemplificamos por fotos o que o cigarro pode causar inclusive cânceres de boca, língua, mama, laringe, traqueia e do próprio pulmão”, disseram.
O professor de Ciências, Tiago de Paula, destacou que a Mostra é como uma vitrine para a comunidade sobre o que é feito em sala de aula, com intuito de incentivar os alunos a estudar e buscar cada vez mais conhecimento por meio de experiências práticas. “O objetivo também é formar multiplicadores que vão espalhar essas informações aos familiares, amigos e vizinhos, ressaltando a importância de cuidar da saúde, corpo e meio ambiente”, contou.
Durante a tarde, os trabalhos foram submetidos a uma avaliação por uma comissão científica formada por mestres e doutores de entidades de educação como UFF (Universidade Federal Fluminense) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Os cinco destaques serão contemplados com bolsas de iniciação científica júnior concedidas pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e participarão da FECTI (Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro). No dia 8 de novembro, esse resultado será divulgado numa cerimônia especial.
Essa foi a quinta vez consecutiva que o projeto de Barra Mansa venceu o edital do CNPq para recursos destinados ao incentivo e realização de eventos que promovam a ciência e a tecnologia nas escolas. A primeira etapa consistiu em Feiras de Ciências nas 20 escolas participantes, englobando aproximadamente 5 mil alunos. Cada unidade selecionou três obras para a MoCEM, que resultou nos 60 trabalhos expostos. O coordenador do projeto, Luciano Gustavo Oliveira da Silva, atribuiu o resultado ao apoio do secretário de Educação, Vantoil de Souza, e dedicação dos professores de Ciências que atuam no município. “Nosso desejo é que a participação no MoCEM desperte o interesse nos alunos em seguir a carreira científica. O desenvolvimento do país depende diretamente de uma educação de qualidade, que leve o aluno a criatividade e o interesse para o conhecimento científico”, finalizou.
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA – BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS
Durante a V MoCEM, os visitantes também apreciaramr as imagens da II Exposição Fotográfica de Boas Práticas Ambientais, realizada numa parceria entre as secretarias de Educação e Meio Ambiente. Ao todo, foram 45 fotografias enviadas por alunos das escolas municipais que deviam respeitar o tema “Árvore: morada onde a natureza recupera a vida”. Na abertura da MoCEM, as 15 melhores imagens foram premiadas.
O primeiro lugar ficou com o Davi Magalhães, de 13 anos, estudante da Escola Municipal Doutor Maurício Amaral. A foto escolhida o mostrava vestido com o uniforme escolar, cuidando de uma pequena muda plantada no quintal de casa. Com o título “Uma boa prática ambiental é viver agora pensando em como viver o amanhã”, ele destaca que costuma cuidar do jardim de casa, sempre incentivado pela família. Orgulhoso, o pai Ivan Magalhães salienta que a iniciativa é uma ação do cotidiano de casa. “É muito importante cuidar da natureza. Alegra o ambiente, deixa o ar puro e mais limpo”, encerrou.
O Gerente de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Felipe Rodrigues, explicou que os alunos selecionados para a mostra foram premiados com medalhas de participação. “Queremos agora proporcionar uma visita técnica a um parque ecológico como forma de incentivá-los a continuar nessa busca por proteção ambiental”, concluiu.