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Volta Redonda capacita profissionais da saúde sobre sífilis

Encontro é o segundo do seminário que abordou prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, devido ao aumento no número de casos

De janeiro a outubro deste ano, Volta Redonda registrou 162 casos de sífilis em adultos, sendo 114 deles em gestantes. Os números foram apresentados na manhã desta quarta-feira, dia 21, a enfermeiros e médicos da rede municipal de Saúde que participaram da segunda parte do seminário “Sífilis no Ciclo da Vida do diagnostico ao Tratamento e Desafios para o Cuidado”. Organizado pela Divisão de Área Técnica e Educação em Saúde da Secretaria de Saúde, por meio do Setor de Doenças Transmissíveis (SDT), o evento aconteceu no Auditório do UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase), no Aterrado.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica das SMS, Milene Paula de Souza, explicou que os números não representam um surto, mas sim uma maior captação de casos nas unidades básicas de saúde.

“Com uma oferta maior do exame, conseguimos captar mais pessoas com a doença. Se a pessoa tem a sífilis e não trata, ela vai passando para outras. No caso das gestantes, a sífilis pode passar para o bebê, se a doença não for diagnosticada até 30 dias antes do nascimento, evitando assim que o bebê nasça com sífilis congênita”, afirmou Milene.

O médico infectologista Gustavo Magalhães, que faz parte do SDT em Volta Redonda, afirmou que a atualização capacita os profissionais sobre prevenção, diagnóstico e tratamento.

“Focamos mais em sífilis em gestante, para evitar a sífilis congênita. Falamos sobre como é o acompanhamento, exames realizados, tratamento. Gosto da educação médica continuada. Acho importante reunir os profissionais a cada seis meses para atualizar os assuntos, pois tem profissionais novos, que estão conhecendo as unidades, como é o protocolo, além de pessoas que já conhecem, mas precisam relembrar, se atualizar”, comentou Gustavo, que também faz parte do Centro de Doenças da Câmara Técnica do Programa IST/AIDS/RJ (Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids do Rio de Janeiro)

A enfermeira Vanessa Barbosa da Costa, que atua na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) da Água Limpa, participou da capacitação e comentou que a atividade agrega ao dia a dia no trabalho.

“A gente vai se aperfeiçoando e, com isso, conseguimos fazer mais capacitação com a própria comunidade. Trabalho com pré-natal e é muito difícil, por exemplo, as gestantes aderirem aos eventos da unidade. Com essa capacitação, buscamos novas estratégias para incentivar elas a participarem e podermos prevenir. E também oferecemos o teste rápido ao parceiro dela, porque, se ele também tiver a doença, temos que fazer o tratamento com os dois”, comentou.

O secretário municipal de Saúde, Alfredo Peixoto, comentou sobre a importância da capacitação para melhorar o atendimento dos profissionais. “O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita aconteceu em outubro e aproveitamos essas datas comemorativas para reforçar a importância do tratamento e da prevenção com a comunidade, com os profissionais. Hoje, todas as unidades básicas de saúde fazem o teste rápido. É fundamental também a participação da população para identificarmos e tratarmos os casos com mais eficiência e eficácia”.

A coordenadora do SDT, Lucrécia Helena Loureiro, e a coordenadora do Programa IST/AIDS, Sandra Regina Coutinho, participaram da capacitação que reuniu também técnicos de enfermagem, e acadêmicos de medicina e enfermagem. No total, foram capacitados cerca de 350 profissionais.

O prefeito Samuca Silva destacou o trabalho realizado pelas equipes da Saúde e elogiou a atualização dos profissionais. “É um compromisso nosso melhorar a cada dia o atendimento na rede pública, o acolhimento, a prevenção, e estamos investindo em capacitações e melhores condições para os profissionais. A população de Volta Redonda merece uma saúde de qualidade e estamos investindo também na estrutura, como o Hospital Santa Margarida que, em breve, vai melhorar o atendimento”.

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