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Deputado: esquema de indicações vigorava há pelo menos 20 anos

O esquema de indicações a cargos no governo do estado exposto na Operação Furna da Onça já durava pelo menos 20 anos. Foi o que disse o deputado estadual Andréa Correa (DEM), de Valença, um dos 22 presos pela força-tarefa da Lava Jato no último dia 8. Ele e outros seis deputados foram presos pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com a GloboNews, que teve acesso a depoimentos à Polícia Federal, os presos admitiram que indicaram aliados para cargos estratégicos em diferentes órgãos do governo do estado. De acordo com a emissora, em seu depoimento Correa disse que a prática vinha desde que entrou na Alerj, em 1998. Os mais votados em cada região, disse ele, indicavam pessoas para exercer funções públicas – não só na esfera estadual, como também municipal e federal.

A Furna da Onça descobriu que parte dos cargos era no Detran – mas também havia o pagamento de “mensalinhos” que chegavam a R$ 400 mil. Correa admitiu que a manobra era para construir maioria parlamentar na Alerj.

A GloboNews também teve acesso ao depoimento do ex-secretário de governo de Luiz Fernando Pezão, Afonso Monnerat. Ele admitiu saber que deputados estaduais solicitavam indicações de pessoas residentes nas regiões em que foram eleitos.

As investigações apontam que, além dos cargos, os envolvidos recebiam propinas mensais que variavam de R$ 20 mil a R$ 100 mil para votar de acordo com os interesses do governo. O esquema teria movimentado pelo menos R$ 54 milhões, segundo estima a Polícia Federal. (Foto: Divulgação)

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