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Memorial Zumbi faz curso de História e Cultura Afro-Brasileira

 

Cerca de 100 inscrições foram preenchidas rapidamente no site da Secretaria de Cultura de Volta Redonda

A Secretaria Municipal de Cultura, através do Memorial Zumbi dos Palmares, na Vila Santa Cecília,realizou neste sábado, 24, das 14h às 16 h, o Curso de História e Cultura Afro-Brasileira, com palestra da professora Ana Paula Poll, doutora em antropologia do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFF( Universidade Federal Fluminense) em Volta Redonda. Cerca de 100 inscrições que foram abertas, acabaram rapidamente. O curso é gratuito e está encerrando o primeiro módulo.

O gerente de Espaços Culturais e produtor cultural Sid Soares, 42 anos, responsável pelo Memorial Zumbi, explicou  a grande procura pela aula.

“Nós divulgamos na página da Secretaria Municipal no portalvr da prefeitura e 96 pessoas nos procuraram. Quem chegou depois pode participar como ouvinte e poderá garantir a participação para o próximo curso em fevereiro do ano que vem, que é aberto à população. O curso, gratuito, foca o combate ao racismo e a intolerância religiosa com a história afro-brasileira”, disse.

Garantiram a participação, pessoas de Volta Redonda, Valença, Vassoruas, Rio de Janeiro, Resende, Barra Mansa, Três Rios e Barra do Pirai, que serão certificados pela organização depois que atingir a frequência mínima de 6 aulas do curso dividido em módulos, resultado de uma parceria da Secretaria de Cultura, Memorial Zumbi e UFF. A professora da UFF, Ana Paula após a palestra, respondeu às perguntas do público.

“Eu fiz uma apresentação de como começou o racismo na sociedade brasileira, principalmente a partir do século XX, com obras publicadas que influíram no Código Penal. Como exemplo o médico legista, antropólogo e escritor Raymundo Nina Rodrigues, que incentivava um código penal diferenciado para raças diferentes, como se o corpo ou cor da pessoa fosse responsável pelo comportamento. É aí que surgem expressões bizarras como cara de bandido para certas pessoas”, explicou.

O presidente do Conselho Municipal de Cultura, Carlos Eduardo Giglio, elogiou o curso. “Primeiro, a ocupação deste espaço com que ele tem de função, a formação do povo de Volta Redonda em Cultura e História Afro-Brasileira. Em segundo, o empoderamento de maneira mais contundente e intelectual das pessoas”. Alunos do curso aprovaram as informações que receberam. Quem chegou no último dia, e não se inscreveu, participou como ouvinte.

“É muito necessário este tipo de atividade para gerar mais conhecimentos e conscientizar as pessoas do nosso histórico cultural, e não aceitar a banalização no tratamento ”, afirmou a estudante Camila Duarte, 22 anos. Para a administradora Maria Luiza, 32 anos, foi muito positiva a abordagem da especialista em Cultura Afro-Brasileira. “Temos que nos atualizar com os conhecimentos históricos que servem para a vida e mudanças de atitudes. Gostei muito”. João Vitor, 22 anos, concorda. “Muito interessante essa perspectiva, a visão sobre os negros na construção da identidade do país”, concluiu.

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