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Exposição de fotografias destaca trabalho de religiosas para o homem do campo em Quatis

Mostra será realizada pelo Conselho Municipal de Cultura, Turismo e Preservação do Patrimônio Histórico e Ambiental

Religiosas da Congregação Sacramentinas de Nossa Senhora, as irmãos Elizabeth Alves e Teresinha Castro deixaram os seus nomes escritos na história de Quatis ao liderarem a criação de movimentos sociais importantes e, posteriormente, o processo que culminou na emancipação de Quatis, então distrito da cidade de Barra Mansa. Tudo isso no período de 13 de maio de 1984 a 27 de maio de 1993, época na qual estiveram em Quatis, a serviço do trabalho missionário pela igreja católica.

A importância histórica de ambas na vida, e nos costumes da população de Quatis, especialmente no dia a dia do homem do campo e da sua família, vai ser destacada a partir deste sábado, dia 16 de novembro, através da XI Mostra de Arte de Quatis – Memória Revelada, cujo tema este ano será “Vivendo da terra”. A realização é do CULTUPPHAQ (Conselho Municipal de Cultura, Turismo e Preservação do Patrimônio Histórico e Ambiental de Quatis). A abertura da exposição, que se denomina “Vivendo da terra” e terá a arquiteta Patrícia Vieira como curadora, acontecerá do meio-dia às 14 horas.

Segundo a professora Helena Fabiano Teixeira Leite, presidente do CULTUPPHAQ, a população poderá visitar a mostra de fotografias, no período de 18 de novembro a 20 de dezembro, na Livraria Prosa & Verso, nos seguintes horários e dias da semana: segunda-feira (14 às 18 horas); terça a sexta-feira (9 horas ao meio-dia e de 14 às 18 horas); e aos sábados (9 horas ao meio-dia). A Livraria se localiza na Rua Faustino Pinheiro 190, no Centro da cidade, próximo à antiga sede da prefeitura. A visitação de alunos deverá ser agendada pessoalmente pelas respectivas escolas, no local de realização do evento.

A presidente do CULTUPPHAQ lembra alguns dos movimentos ocorridos em Quatis, liderados pelas duas religiosas. Foram eles: a criação da Associação da Feira da Roça, cujas edições acontecem até os dias de hoje, sempre no segundo e quarto domingo do mês; a Comissão Pela Vida; a lavanderia comunitária; o grupo “Mulheres em Ação”; e o Conselho Popular, por meio do qual foram coordenadas todas as etapas do processo de emancipação de Quatis.

Criado em 1991, a nova cidade, aliás, teve a irmã Elizabeth Alves à frente da administração até a primeira eleição para prefeito, em outubro de 1992. Na época, a religiosa presidia o Conselho Popular de Quatis. Sendo assim, a irmã Elizabeth coordenou o encaminhamento das reivindicações da população local ao então prefeito de Barra Mansa, Ismael de Souza, que governou aquela cidade de janeiro de 1989 a dezembro de 1992.

De acordo ainda com a professora Helena Fabiano Teixeira Leite, a exposição de fotografias a ser iniciada neste sábado, sob a organização do CULTUPPHAQ, terá como objetivo “valorizar memórias da vida no campo, tão comum na história do Município de Quatis”, frisando diversos aspectos desta realidade, entre eles, “hábitos, alimentação, vestimenta, dialeto, curiosidades, causos, moradias”, além do “modo simples de viver do homem do campo, e a sua religiosidade”, daí o nome da mostra “Vivendo da terra”.

– As fotografias expostas vão retratar alguns momentos da vida no campo revelados pelas irmãs Elizabeth e Teresinha, durante a trajetória delas em Quatis. A Associação do Casarão Cultural Memórias do Vale do Café, do Paraíba e dos Tambores, cuja sede fica em Arrozal, na cidade de Piraí, com autorização da Congregação Sacramentinas de Nossa Senhora, cedeu parte do acervo da irmã Elizabeth ao CULTUPPHAQ. “Vivendo da terra” vai proporcionar aos moradores de Quatis e de outros lugares justamente a oportunidade de conhecer um pouco mais da nossa história, mediante a realização desta exposição – detalhou a presidente do Conselho Municipal de Cultura, Turismo e Preservação do Patrimônio Histórico e Ambiental de Quatis.

Fotos: Irmã Elizabeth, em agosto de 2017, na inauguração da nova escola da comunidade quilombola de Santana, que leva seu nome (imagem 1), e a Feira da Roça, cujo movimento de criação foi liderado por ela.

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