Motoqueiro fica ferido em acidente na Vista Alegre
22 de dezembro de 2019
Biblioteca pública de Resende registra aumento na média mensal de visitantes
22 de dezembro de 2019


Familiares e amigos de vítima de feminicídio fazem manifesto em Volta Redonda

Familiares e amigos de Sirlene Ferreira Peixoto, assassinada, há um mês, pelo ex-namorado e apoiado por um amigo, em Volta Redonda fizeram um ato de manifesto contra os casos de feminicídios na manhã de domingo, dia 22.  O ato ocorreu na Avenida Ministro Salgado Filho, no bairro Aero Clube, exatamente no local onde ocorreu o crime, em 21 de novembro.  Os dois criminosos foram presos no mesmo dia do crime pela Polícia Civil.

Com cartazes, faixas e vestidos de camisetas com a foto de Sirlene, pedindo um basta à violência, o manifesto contou com a presença da mãe de Sirlene, dona Antônia Maria Lacerda, que, emocionada, chegou a desmaiar e foi amparada por amigos. Também estavam presentes, os filhos da vítima, Lucas Lacerda Amado e Milena Lacerda Amado, amigos e vários moradores do Verde Vale, bairro onde morava a vítima.  Os presentes fizeram uma oração e os filhos, muito abalados, soltaram uma pomba, pedindo paz e fim dos casos de violência contra a mulher.

Ao lado do irmão Lucas, a filha Milena deu um depoimento emocionada. “Ninguém é propriedade de ninguém. Minha mãe dizia não para ele e ele fazia que não entendia.  A minha mãe era tudo pra mim. E, ela faz muita falta”, disse a jovem, com a voz embargada.

João Paulo Peixoto, organizador e primo da vítima, disse que decidiu fazer o ato para repudiar o assassinato. “Viemos mostrar que nós precisamos dar um basta a esta violência. A sociedade tem que desmitificar aquela ideia de que briga de marido e mulher não se mete a colher. A omissão mata tanto quanto o homicida. As mulheres que sofrem violência têm que se encorajar e denunciar os agressores”, disse João, lembrando que os assassinos de Sirlene estão presos.

A vereadora Rosana Bergone, amiga de Sirlene, disse que a vítima era uma mulher batalhadora e lamentou o crime. “Diante desse crime, a gente se sente impotente. A Sirlene foi minha colaboradora e era uma mulher linda. Fizemos recentemente uma audiência pública na Câmara Municipal para falar sobre feminicídio e alertar sobre isso. A gente se pergunta porque tanta violência.  Porque os homens estão matando? Eu acredito que quem ama deve proteger e cuidar”, depôs a vereadora, que pede para as mulheres denunciarem qualquer tipo de violência. “Existe justiça e apoio, e elas precisam entender isso, e denunciar para que a violência pare”, completou.

Após o ato no Aero Clube, os manifestantes fizeram uma carreata passando pela Vila Santa Cecília, e seguiram para o bairro Verde Vale. Para registrar este crime de feminicídio, foi inaugurado um grafite no muro da Escola Othon Reis Fernandes, na Rua Chico Mendes, que fica ao lado da casa da vítima, no bairro Verde Vale. A arte foi pintada pelo artista plástico, Raphael Abbott. Como símbolo do basta, os populares puderam carimbar a mão em um quadro criado no espaço da arte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *