O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro acatou os argumentos da queixa-crime que o presidente da Câmara Municipal, Nilton Alves de Faria, o Neném, move contra o prefeito Samuca Silva. No caso em que Samuca Silva e o vereador Paulinho de Raio-x trocam acusações sobre pagamento e recebimento de propina, Samuca citou o nome de Neném durante depoimento m delegacia. O prefeito disse que Neném “poderia estar envolvido” no caso. O problema: não há o menor indício disso.
Com base em todas as provas, vídeos e depoimentos colhidos no caso, Neném questionou publicamente a citação de seu nome. Samuca Silva disse, então, que realmente não tinha qualquer prova de que Neném possa estar envolvido no caso. No entanto, o estrago já estava feito e Neném se viu prejudicado com a inclusão de seu nome no noticiário sobre o escândalo. Com isso, restou ao presidente da Câmara ir em busca da verdade na Justiça.
Neném fez uma queixa-crime por calúnia e difamação e, com isso, o prefeito Samuca Silva teve de apresentar uma defesa prévia. O MP analisou as duas peças e tinha duas opções: opinar pelo prosseguimento ou rejeitar a ação de Neném contra Samuca. O Ministério Público não só se manifestou pelo andamento do caso, como apontou entender “estarem presentes indícios de autoria e materialidade” dos crimes que Neném alega terem sido cometidos por Samuca. Com isso, haverá uma nova fase de produção de provas e a ação terá seguimento.
Samuca, assim, terá de provar que Neném estava evolvido ou pode ser condenado por calúnia e difamação. O caso é ainda mais grave, levando-se em conta que Neném acredita ter sido vítima de uma armação política. O vereador sempre deixou claro que não é a favor do governo, assim como igualmente condena as possíveis práticas delituosas de Samuca e Paulinho do Raio-X. Matéria do Jornal Gazeta dos Bairros/Osmar Neves