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Operação Camaleão.com: MPF e PF investigam uso de alvarás falsos na fuga de presos federais

MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) Foto: Divulgação

Foram expedidos quatro mandados de prisão e 16 de busca e apreensão, cumpridos nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais

O Ministério Público Federal (MPF), em conjunto com a Polícia Federal (PF), realiza hoje (24) a Operação Camaleão.com, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua na expedição de alvarás falsos de soltura de presos federais.

Foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro quatro mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, cumpridos no Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti e Belo Horizonte (MG).

Em novembro de 2020, um traficante de armas condenado pela Justiça Federal a 27 anos de prisão foi liberado da Penitenciária de Bangu a partir de documentos falsos (alvarás de soltura, decisões e certidões). Ao tomar ciência do fato, o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF, por meio do procurador da República Eduardo Benones, instaurou procedimento investigatório para apurar as circunstâncias da fuga.

As investigações do MPF apontam para a existência de uma organização criminosa, integrada por advogados e falsários, que estariam atuando em complexos penitenciários do Rio de Janeiro para facilitar a fuga de presos por meio dos crimes de falsificação de documento público federal e uso de documento falso. Ao menos outros dois casos semelhantes já foram identificados.

“A ousadia dos criminosos em usar alvarás falsos para libertar presos condenados pela Justiça Federal revela que podemos estar lidando com um dos braços de uma organização criminosa voltada ao contrabando de armas pesadas para abastecer o tráfico e as milícias no Rio de Janeiro e em outras partes do Brasil. Não se pode esquecer que alguns dos presos favorecidos pelos documentos falsos foram condenados exatamente por terem participado da entrada ilegal de fuzis, carregadores e munições em solo brasileiro. Mais de 1000 fuzis em apenas 4 anos”, afirma o procurador da República Eduardo Benones.

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