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‘Terapia Comunitária Integrativa’ da Secretaria de Saúde completa dois meses

Já foram realizadas 62 rodas de terapia, entre abril e junho deste ano, com quase 300 moradores inscritos

Há dois meses o projeto ‘Terapia Comunitária Integrativa’ está sendo oferecido à população de Volta Redonda na modalidade online, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). As inscrições acontecem no site da prefeitura: https://new.voltaredonda.rj.gov.br. O objetivo do projeto é acolher às famílias das vítimas da Covid-19 no município com um espaço de fala e escuta democrático e inclusivo.

Com isso, ‘diminuir o impacto sobre a saúde mental da população e dos profissionais de saúde na pandemia’, conforme destacou a médica de família da SMS, Silvia Mello dos Santos, uma das responsáveis pela implementação do projeto no município. Segundo a médica, já foram realizadas 62 rodas de terapia, entre final de abril e junho deste ano, com quase 300 moradores inscritos. O atendimento acontece durante a semana nos horários de 10h e 14h, por meio de uma plataforma virtual.

A terapia é um espaço de acolhimento a população, disponível de forma online para qualquer pessoa. De acordo com Silvia, as pessoas na roda de terapia têm autonomia e encontram através da partilha de experiências de vida, soluções para seus problemas.
“Durante esse tempo de terapia, foi possível observar que o medo e a tristeza foram sentimentos prevalentes dos usuários, resultados do reflexo da pandemia de Covid -19, no modo e estilo de vida das pessoas. Aproximadamente 90% dos temas colocados na terapia têm relação com a pandemia, o que corrobora a necessidade desses espaços de partilha para as pessoas. O medo de contrair a doença, de perder alguém, ou até mesmo de morrer aliada a tristeza de um amanhã incerto pela insegurança que o vírus provoca pelo ‘novo normal’”, avaliou a médica de família e comunidade.
Silvia ainda comentou que ao final da terapia os usuários deixam sempre uma palavra que representa o que estão levando da vivência, as mais expressivas foram esperança, aprendizado, acolhimento, alívio e fé. Uma das participantes da terapia, Valéria de Paula, comentou que foi diagnosticada com transtorno de ansiedade em 2019, e neste ano, se cadastrou para a terapia, sendo muito bem acolhida pelas terapeutas.

“Em 2020 por causa da pandemia voltei a ficar mal. Tive uma crise e passei a tomar medicação para controle da ansiedade. Mas eu precisava falar e expor os sentimentos que me consumiam. Foi quando entrei no site da prefeitura vi o link da terapia, me cadastrei. Depois de uma semana tomei coragem para entrar na sala de terapia. Fui muito bem acolhida pelas terapeutas e senti segurança em falar dos meus medos e traumas. Hoje não tomo mais medicação e tenho melhorado a cada dia. Consigo sentir e viver a vida com mais leveza. Passei a me amar mais e a cuidar mais de mim. Sei que ainda estou no começo desse processo de autoconhecimento e cura, mas está sendo muito bom para mim. Me sinto mais feliz”, citou a participante.

Outra participante é Arlete Moreira que destacou a empatia durante as rodas da ‘Terapia Comunitária Integrativa’. “Eu estava muito triste porque tinha perdido um filho e estava com muita angústia. Este grupo me ajudou, é muito importante porque quando o corpo fala o corpo melhora. Com os depoimentos das outras pessoas também na roda de terapia nós nos identificamos com os problemas das outras pessoas. Então sentimos a mesma coisa. Agradeço por ter conhecido a roda de terapia”, disse.

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