Associação brasileira de teatro de bonecos presente nos 64 anos de Volta Redonda

A Biblioteca Municipal Raul de Leoni e a Praça Rotary na Vila Santa Cecília, sediaram na última segunda-feira, o Encontro Nacional de Associações de Teatro de Bonecos do Brasil e o Encontro de Caixas de Lambe Lambe( teatro em miniatura com bonecos), dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Piauí, Rio Grande do Sul e Brasília.

A programação faz parte do aniversário de 64 anos de Volta Redonda. A secretária municipal de Cultura, Aline Ribeiro, destacou as apresentações:

“Foi importantíssimo a parceria com as associações de teatros do Brasil, que estiveram aqui representando diversos estados, de importantes companhias de teatro, incluindo os artistas de Volta Redonda, que participaram do evento. Mas além das apresentações, a gente teve toda uma parte de formação e oficinas de capacitação. Um momento importante, é só o primeiro encontro nacional e a partir desse movimento, temos que realizar diversas ações que promovam a cultura popular, o teatro de bonecos e as artes cênicas. É essa a orientação do prefeito Samuca Silva que estamos seguindo”, enfatizou.

O convite foi intermediado pelo  curador Jorge Gonzaga, que é presidente da Associação Rio de Teatro de Bonecos, regional, e atua há 20 anos no grupo de bonecos gigantes do bairro Vila Americana, Loucos Pela Arte:

“Nós fizemos a proposta da participação da associação nacional de teatro na cidade e a secretaria aceitou. Eles vêm dar uma contribuição importante para fomentar a cultura em Volta Redonda porque também gera renda e contratação de marceneiro, costureira e cria público”, destacou Jorge.

O teatro lambe lambe feito em caixas, nasceu nos anos 80 e homenageia os fotógrafos lambe lambe que viviam trabalhando em praças e ruas. É um teatro visto por uma pessoa por vez, demora entre 2 e 4 minutos.

A criadora nacional desse teatro com bonecos em miniatura é a artista Ismine Lima, conhecida internacionalmente. Ela apresentou o teatro ”O quarto de dona Flor e seus dois maridos”, numa homenagem ao escritor baiano Jorge Amado: “Nasci no Ceará, onde saí aos 20 anos de idade e já moro na Bahia há 40 anos. O teatro de bonecos no Chile tem em todas as escolas e praças das cidades de Santiago e Valparaíso. É um teatro em expansão e este ano já participei de 10 festivais no primeiro semestre nos estados da Bahia, Santa Catarina, São Paulo e Brasília. Estou feliz de estar aqui”, frisou Ismine.

Thiago  Almeida, 38 anos, na caixa conta a história do pintor Magrite, tema “Esse se chama isto. Não é uma caixa” com 2 minutos de teatro. Ele atua ainda na Companhia do Grupo Girino de Belo Horizonte: “Eu não conhecia a cidade e foi uma honra estar aqui, porque atendemos a convocação da associação brasileira e Volta Redonda virou uma central para os companheiros debater as políticas públicas para o teatro de bonecos em miniaturas. E mostrar o nosso trabalho de criação artística, roteiro, manuseio dos bonecos”, frisou.

O prefeito Samuca Silva destacou a programação cultural pelos 64 anos de Volta Redonda.

“Volta Redonda é uma referência cultural para a região. Os artistas locais e os que aqui se apresentam a convite do poder público têm todo o nosso apoio e agradecimento. A população merece comemorar esta data super importante para todos”.

Na Biblioteca Municipal, um grupo de crianças e adultos participaram do projeto Contação de Histórias e Workshop de Bonecos com o paulista Celso Ohi e Maiume de Maiãndeua, do Rio de Janeiro.

“Eu fui muito bem recebido na cidade e me sinto orgulhoso de estar participando do aniversário. Hoje estou com 61 anos de idade e conto histórias para o público infantil e para adultos desde 1981, com 37 anos de atividades”, comemora Ohi.

O presidente da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos, Dico Ferreira, 40 anos, com 30 anos de atividades, disse estar “muito satisfeito de ter vindo a Volta Redonda para o encontro e o contato com o público local”.