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Câmara Municipal permanece defendendo ?novo traçado? para evitar desapropriações

Quarta audiência para discutir tema contou com participação de moradores

A Câmara Municipal de Volta Redonda sediou durante a noite del quarta-feira, a quarta audiência pública sobre a duplicação da BR-393 (Lúcio Meira) e as consequências, entre elas a desapropriação de pelo menos 600 famílias, que a obra pode ocasionar à população que mora às margens da rodovia. A obra seria realizada pela Acciona – concessionária que administra a BR-393.

Diversas famílias, que ainda convivem com a insegurança de uma iminente decisão judicial desfavorável, compareceram ao plenário da Câmara para debater o assunto e tomar conhecimento do andamento do processo.

O vereador e presidente da Câmara Municipal, Washington Granato (PTB) (Foto), afirmou que a questão é delicada, já que envolve o destino de diversas famílias que moram nesses bairros há muitos anos, e que lutaram para ter um lugar digno para morar.

– Não pode ser diferente. A Câmara se manterá firme nessa luta para defender o interesse desses moradores. Estamos falando de sonhos que não podem ser destruídos. Muitas pessoas não acreditavam que esse quadro poderia ser revertido, após o início da distribuição das ordens de desapropriação. Todos ficaram assustados com o prazo de 20 dias para sair de casa, no entanto, o trabalho e a luta estão trazendo esperança para essas famílias – afirmou.

O parlamentar defende o estudo que analisa a possibilidade de um novo traçado para substituir parte da duplicação. O projeto, encarado como uma solução, segundo Granato, prevê uma interseção entre a Rodovia do Contorno e a BR-393.

O vereador ainda explicou que os órgãos envolvidos, inclusive a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) estão trabalhando para viabilizar essa modificação no projeto original.

– Essa é a melhor forma para resolver essa questão. Não é uma tarefa fácil, mas a prioridade é o povo, que não pode sofrer. Temos que pensar nas consequências sociais dessa duplicação. Previamente não é possível saber se Volta Redonda tem uma área disponível para um loteamento que atenderia essas famílias – argumentou.

Além do benefício para as famílias, que não sofreriam com a ordem de reintegração, Granato afirmou que a mudança do traçado serviria para colaborar com a mobilidade urbana da cidade.

O vereador completou que um dos maiores problemas enfrentados hoje por Volta Redonda diz respeito ao fluxo pesado de veículos de carga que passam na altura de alguns bairros, como Santo Agostinho e Caieiras.

– Sem dúvida seria uma forma de aliviar o trânsito. Traria benefícios para a população em geral e não só para os moradores que sofrem com a possibilidade da duplicação – frisou.

Granato acredita que o momento deve ser aproveitado para confirmar os objetivos entre os interessados na proposta da mudança de traçado. Para ele, a coletividade fará toda a diferença no resultado final do processo.

– A Defensoria Pública está pronta para ajudar os interessados. Os conselhos desses profissionais, engajados nessa questão, devem ser acatados para que o balanço final seja positivo. Outro ponto muito importante é evitar que novas construções de posse sejam realizadas nesses bairros. Estamos no caminho certo para que essa luta seja vitoriosa – concluiu.

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