Cerca de 500 exames de raio-x são realizados mensalmente no Hospital Municipal Manoel Martins de Barros, em pacientes ambulatoriais e de pronto socorro, e para garantir a segurança de todos, a unidade conta com equipamentos de proteção radiológica usados para proteger as áreas próximas daquelas que serão analisadas.
A prefeitura é uma das primeiras da região no cumprimento das normas de segurança, descritas na portaria federal 453/98, e que desde o início de outubro tornou-se lei no Estado do Rio de Janeiro.
Sancionada pelo governador do Estado, Luis Fernando de Souza Pezão, e publicada Diário Oficial no último dia 02 de outubro, a lei 7.700/17 dispõe que hospitais, clínicas e laboratórios são obrigados a utilizar o protetor de pescoço nos pacientes submetidos a exames de raios x odontológico, mamografia e tomografia.
Conforme explica o diretor Administrativo de Saúde e técnico de raio x, Antônio Pacheco, o município sempre teve o cuidado de proteger os pacientes e conta com o serviço de proteção antes mesmo de se tornar obrigatório por lei.
-No setor de raio-x dispomos de protetores que protegem várias regiões do corpo. Temos a luva plumblífera, usada para proteger as mãos durante os exames nos braços, o protetor de tireoide, usado principalmente para quem tem problemas de hipotireoidismo e hipertireoidismo e o protetor gonadal. Esse protege os órgãos reprodutores e genitais principalmente das crianças, que estão com os órgãos em desenvolvimento e mulheres grávidas no início de gestação. Nesse caso, ele protege o feto de radiação evitando que cause deformidades. O raio-x não faz curva, ele segue reto até que seja absorvido e esses protetores fazem justamente a proteção das ondas no corpo – disse.
Ainda de acordo com o diretor, a proteção não se restringe apenas ao pacientes, mas também aos acompanhantes, quando requisitados pelo técnico e ainda aos profissionais que trabalham no local. Todos fazem o uso do colete de chumbo durante a realização dos exames. Outro sistema de proteção utilizado pelos funcionários é a Dosimetria, que consiste em um aparelho usado junto ao corpo e na sala de raio x para medir a carga de radiação em todo o redor.
– Todos os profissionais usam esse aparelho junto ao corpo para medir mensalmente a radiação. .Ao final do mês o dosímetro é enviado para uma empresa que faz a avaliação para saber se o profissional está ou não tendo uma carga excessiva de radiação, caso isso aconteça o profissional pode até ser afastado durante um período, uma vez que existem doenças específicas da radiação. Além do individual, usado por cada técnico, que a carga máxima é de 5 ions, existe também o padrão que fica na sala para saber se o local esta recebendo radiação excessiva. Tudo isso são formas de cuidados que tomamos – explicou.
Antônio Pacheco lembra ainda que é importante que os pacientes façam uso de seus direitos quando forem passar pelos exames e caso o técnico esqueça é preciso que o paciente exija a colocação dos protetores oferecidos.
-Hoje a Secretaria de Saúde conta com uma equipe formada por oito técnicos e oito auxiliares e é importante que população esteja atenta e solicite mesmo dos técnicos os protetores. Vale ressaltar ainda que dentro da sala de exame a presença de acompanhante só é necessária se for solicitado pelo técnico e nesses casos também dispomos de protetores – finalizou.