De um lado, um vírus mortal e de outro, o risco de uma crise econômica catastrófica, esse é o principal dilema quando a questão da abertura do comércio é mencionada nas conversas. E foi com esse mesmo discurso que o deputado federal Delegado Antonio Furtado argumentou a justificativa para o Projeto de Lei 1764/2020, que prevê regras para o funcionamento do comércio no Brasil durante a Pandemia de Covid-19, protocolado na Câmara dos Deputados.
– O isolamento social é primordial para evitarmos a o aumento dos casos de Coronavírus no Brasil, mas também precisamos que a roda da economia volte a girar. É o comércio, formal ou Informal, o principal empregador no Brasil. Loja fechada não vende. Se não vende, não tem como pagar fornecedores e funcionários, e assim acabam falindo ou demitindo. Não quero colocar a economia acima da vida das pessoas e por isso que prôpus esse Projeto de Lei. Se existe a necessidade de abrir as empresas, também tem que ser obrigatório promover segurança para os funcionários e clientes – considerou o deputado.
De acordo com a proposta enviada a Câmara dos Deputados, para que o comércio possa abrir as portas seria necessário seguir uma série de orientações de segurança determinadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre elas ter controle de acesso nas portas, limitar a quantidade de clientes nas lojas de acordo com o tamanho do estabelecimento, ter filas com marcações de distância mínima entre os clientes, disponibilizar álcool em gel ou liquido (70%) e também máscaras de proteção individual para os clientes, utilizar medidor de temperatura corporal infravermelho ou outro tipo de termômetro para medição de temperatura, higienização constante de áreas comuns de circulação e contato e utilização obrigatória de máscaras de proteção e luvas a todos funcionários do estabelecimento.
– Entendo as manifestações dos empresários contra as medidas de quarentena e de isolamento social e acredito no direito que têm de abrir o comércio, mas não podemos colocar em risco a saúde das pessoas. Por isso minha proposta é simples: as lojas interessadas em abrir suas portas devem cumprir rigorosamente requisitos necessários de limpeza e higienização e todos recomendados pela OMS – defendeu o parlamentar.