No Ano Internacional da Cooperação da Água, uma parceria entre o curso de Engenharia Ambiental do UniFOA e a UFF, tem transformado plantas aquáticas (macrófitas) existentes na micro-hidrelétrica da Light em uma farinha de descontaminação de soluções que contenham metais pesados e nitrato. A ideia surgiu como solução para a limpeza do lago da empresa de energia, em Volta Redonda. A intenção é que a “farinha de macrófitas” seja um material acessível a toda a população, em breve.
“A ideia permite que seja utilizado um material natural na remoção de contaminantes da água, que seria depositado no ambiente como resíduo. Assim, atuamos na descontaminação da água e também na reutilização dessas plantas”, explicou a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental, Ana Callegario.
Na prática, o processo funciona da seguinte forma: são coletadas as macrófitas da lagoa, que são lavadas em água deionizada e secas em estufa. Depois, inicia-se o processo de trituração até que o produto vire uma espécie de farinha. O material final é testado em soluções contaminadas por nitrato e metais pesados.
“Para a Light essa é uma solução ambiental bastante inteligente e econômica. Já a parceria com a UFF se deu através dos laboratórios específicos cedidos por meio de uma professora que trabalha na mesma linha de pesquisa que eu”, disse a coordenadora.
Neste momento, a equipe de Engenharia Ambiental está montando o experimento para avaliarem a logística de utilização na prática dessa farinha de macrófitas. “A ideia é montarmos uma linha de pesquisa para aperfeiçoarmos o trabalho até que o material produzido possa ser utilizado com êxito em processos de remediação de soluções contaminadas”, adiantou Ana Callegario, que concluiu:
“A equipe que vem trabalhando nesta pesquisa tem demonstrado bastante satisfação ao observar que o material estudado apresenta eficiência na descontaminação da água. Esta realidade nos instiga a continuar as pesquisas e assim darmos nossa contribuição ao ambiente”.