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Bancários retornam ao trabalho na segunda-feira

Após 23 dias de forte greve nacional, a maior dos últimos 20 anos, os bancários conseguiram arrancar da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) avanços na proposta dos bancos. O reajuste salarial, que na primeira proposta oferecida em setembro pelos patrões era de 6,1% (sem aumento real), subiu para 8%, garantindo 1,9% de aumento real.

Outro avanço foi garantido na negociação dos dias parados. No acordo do ano passado, quando a greve foi de 9 dias, os bancários compensaram duas horas por dia, com limite no dia 15 de dezembro para a conclusão das compensações. Este ano, os bancários conseguiram a compensação de uma hora por dia, com limite no dia 15 do próximo mês de dezembro. Além disso, os bancos vão devolver o dia de paralisação contra o PL4330, organizado pelas centrais sindicais no dia 30 de setembro.  A negociação, que começou às 10h de quinta-feira (10), seguiu até a madrugada desta sexta-feira (11).

Os banqueiros queriam compensar duas horas diárias, durante 180 dias. Este foi o ponto que travou a negociação desde a hora do almoço até chegarem a um acordo, na madrugada. Os bancários não aceitaram nem os 180 dias, nem as duas horas até o dia 15 de dezembro. O Banco do Brasil queria o mesmo acordo do ano passado e travou a negociação. Enfim, às 3 da manhã, o acordo foi fechado: uma hora por dia de compensação até o dia 15 de dezembro de 2013.

“A proposta dos bancos só avançou porque a categoria realizou uma heroica greve nacional e mostrou que a unidade é imprescindível do início ao fim da campanha salarial”, disse o presidente do Sindicato do Rio, Almir Aguiar, que participou da mesa de negociação de ontem, em São Paulo, que entrou pela madrugada desta sexta-feira.

“Após a maior greve dos últimos 20 anos, passeatas e seguidas vitórias do Sindicato contra os interditos proibitórios dos bancos, conquistamos avanços na proposta apresentada ontem pelos patrões. Tivemos uma negociação desgastante, mas acredito que chegamos ao que foi possível. Não há dúvidas de que a greve garantiu avanços, e o importante agora é mantermos a unidade nacional e seguirmos a orientação do Comando Nacional, que defende o fim da greve e a aprovação das propostas”, completa Almir.

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