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Sindicato dos Metalúrgicos realiza manifestação e paralisa produção da Nissan

Movimento foi para protestar contra a demissão de dez funcionários por justa causa; sindicato entrará na justiça; denunciará ao MPT e à Polícia Federal e fará uma reclamação formal à embaixada japonesa.  

O Sindicato dos Metalúrgicos paralisou por meia hora a entrada dos trabalhadores na fábrica da Nissan, em Resende, na manhã desta quarta-feira (19/11). O movimento foi em protesto à demissão por justa causa de dez funcionários da montadora japonesa. A direção do órgão sindical entrará com uma ação individual na Justiça do Trabalho solicitando que a Nissan reveja as demissões por justa causa e pague todos os direitos trabalhistas aos empregados, além de um processo por danos morais.

A multinacional japonesa alega que o motivo da demissão seria que os trabalhadores utilizaram supostamente o cartão de crédito indevidamente durante uma viagem de trabalho. “O que é mentira. A Nissan só entregou o cartão – que não era corporativo – um dia antes da viagem e não deu nenhuma orientação aos trabalhadores de que forma poderiam usá-lo, nem estipulou o valor limite de gastos. Além disso, depois da volta ao Brasil, a empresa negociou com os empregados o pagamento da fatura do cartão e, mesmo assim, realizou as demissões depois de uma auditoria interna que tem pleno poder de decisão, inclusive de demitir”, afirma o vice-presidente do sindicato, Renato Soares, que comandou a paralisação na fábrica. A viagem destes trabalhadores foi para a fábrica da Nissan no México para adquirir experiência e serem multiplicadores dentro da unidade de Resende. 

Renato Soares garante que o sindicato entrará com uma denúncia coletiva no Ministério Público do Trabalho: “Vamos lutar contra essa covardia praticada pela Nissan, além de pedirmos indenização por danos morais para a Justiça”.

E mais: será feita uma denúncia à Polícia Federal sobre uso indevido do passaporte. Isso porque, os funcionários entraram no México com o visto de turista, já que a legislação diz que, neste caso, o necessário seria o de trabalho. “Alguns empregados, inclusive, permaneceram atuando no país com o visto vencido”.   

“Vamos enviar também uma carta formal para a embaixada Japonesa reclamando da atitude da empresa com os empregados brasileiros. A direção do Sindicato foi surpreendida com a demissão de dez trabalhadores por justa causa. O sindicato tentou negociar com a Nissan por quase um mês, mas não obtivemos retorno da direção da empresa. Esse problema poderia ser resolvido facilmente com a negociação, mas isso mostra a desorganização do setor administrativo da empresa”, finaliza Renato Soares.

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