O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Volta Redonda e região vem informando e alertando a categoria sobre as dificuldades que o trabalhador, não sindicalizado, poderá enfrentar daqui para frente com a reforma trabalhista.
A principal delas é em relação às sentenças judiciais, que estão determinando que apenas o trabalhador sindicalizado poderá receber os benefícios das convenções e dos acordos coletivos de trabalho assinados pelo sindicato.
Na prática isso significa que o trabalhador não sindicalizado terá que negociar diretamente com o patrão direitos como salários, férias, décimo terceiro, hora extra, cesta básica, vale transporte, alimentação, entre outros. E numa negociação que o patrão vise somente lucros, o trabalhador corre o risco de perder esses direitos.
– Preocupa porque o trabalhador fica desprotegido e sabemos que a ameaça do desemprego é grande. Com medo de perder o emprego o trabalhador pode ser coagido a cumprir uma jornada de até 12 horas diárias ou um contrato de trabalho sem vínculo empregatício e benefícios – comenta o presidente do sindicato, Sebastião Paulo de Assis.
O sindicato também vem alertando os trabalhadores sobre as dificuldades em ingressar na justiça com processos trabalhistas. Com a reforma trabalhista, se o trabalhador perder a causa tem que pagar as despesas do seu processo, os honorários do seu advogado e do advogado da empresa. Menos o trabalhador sindicalizado, pois quem defenderá o seu processo gratuitamente e dará assessoria será o sindicato.
– Mesmo com tantas perdas de direitos depois da mudança na lei trabalhista, o sindicato conseguiu manter na convenção coletiva da categoria cláusulas que protegem o trabalhador, como as homologações e as negociações da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que continuam sendo feitas na sede do sindicato – ressalta Sebastião Paulo.
O trabalhador pode e deve denunciar qualquer irregularidade na sede do sindicato no bairro Conforto, em Volta Redonda, através do telefone 3348-2508 ou whatsapp 9 9275-4521.