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Professores e estudantes do MEP lembram os 99 anos de Dom Waldyr

Volta Redonda- Se estivesse vivo, Dom Waldyr Calheiros de Novaes completaria, 99 anos amanhã, dia 29 de julho. E para fazer memória e homenagear o ícone religioso da região Sul Fluminense, do Brasil, professores e estudantes ligados ao MEP(Movimento Ética na Política), comentam a sua presença ‘cristã cívica’ dos 47 anos (1966-2013) vividos em Volta Redonda.

Na opinião de José Maria da Silva, o Zezinho, que atua no Movimento desde janeiro de 1997, Dom Waldyr foi um ‘Conselheiro admirável’.

“No final da década de 1990, Dom Waldyr Calheiros, não só foi um incentivador do MEP, mas também um conselheiro admirável, fato que em fevereiro de 1997, o presidente da Câmara Municipal de Volta Redonda, à época José Luiz de Sá (in memorian), foi até o bispo e reclamou da atuação do recém criado MEP por estar questionando a Câmara pela criação de 72 cargos sem concurso Público. Dom Waldyr, no dia seguinte, nos procurou e comunicou o fato às lideranças do Movimento, recomendando que ficássemos atentos e continuássemos com o trabalho, pois ele é muito importante”, disse Zezinho.

Para a professora Thais Vieira, ex-aluna do Pré-vestibular cidadão(PVC), e com experiências na juventude na igreja Presbiteriana Independente. É importantíssimo lembrar do Padre Dom Waldyr, exatamente no ano que completaria seus 99 anos. “Fazer memória dos seus ensinamentos de amor e pacificidade nunca se fez tão presente e necessário frente ao mundo que vivemos, de discursos de ódios e autoritários. Eu e minha mãe passamos pelo Pré-vestibular Cidadão do MEP em 2007 e naquele ano pude ter a bela oportunidade de conhecer Dom Waldyr. Homem simples, voz singela, mas que carregava ensinamentos que nos fazem crescer como seres humanos. Dom Waldyr, simples no falar, porém carregada de uma grandeza nos ensinamentos e verdadeiros testemunho de amor para com o próximo. Ele será lembrado como eterno colaborador do MEP-PVC em toda Volta Redonda”, destacou a Professora Thais Vieira.

A médica, psicanalista e ex-aluna do MEP, Nathalia Lambert, também teve a oportunidade de conhecer pessoalmente Dom Waldyr quando esteve em sua casa com um grupo de alunos do MEP.

– Dom Waldyr nos recebeu com sua boina, característica dele, e tivemos uma roda de conversa engrandecedora. Falamos sobre política, cultura e religião na época da Greve da CSN de 1988. Entendemos como a população apoiava e o papel social importante da igreja. Dom Waldyr, pessoa simples, sábia, e com vontade de ensinar e multiplicar suas vivências. Agradeço ao MEP-PVC pela oportunidade de tê-lo conhecido – ressaltou a médica e ex-aluna do MEP.

De acordo com a aluna do MEP, Alice Paiva, de 17 anos, Dom Waldyr serviu de grande inspiração para toda a sociedade. “Pelos relatos que sempre ocorreram em meus ouvidos, que já li, ele foi uma pessoa muito importante para a vida da igreja e na vida de diversas pessoas. Também, o fato de estar estudando na Sala Dom Waldyr Calheiro, no MEP, muito me alegra e inspira-me, afinal o legado que ele deixou e o grande incentivo e apoio à criação do MEP. Tentar mudar as coisas ao meu redor é o que carrego, estudando no MEP. Dom Waldyr é, de fato, uma grande inspiração”, afirmou a aluna do MEP.

Para o Professor Carlos Henrique Magalhães Costa, historiador e voluntário no MEP, Dom Waldyr foi um ‘Marco na história do Brasil’. “Tive a alegria de conviver com ele, e numa igreja solidária, onde havia um comprometimento muito grande com a horizontalidade do Evangelho. Não apenas a minha relação com Deus, vertical, mas na horizontalidade, entendendo que para chegar a Deus tem que ir até o próximo. D. Waldyr foi profeta, um marco na história, não só na Igreja da Diocese, mas no Brasil inteiro”, lembrou o Professor Carlos Henrique.

Já a professora Abigail Ribeiro, conselheira do MEP, e protestante evangélica, disse que quase não coabitou Volta Redonda com Dom Waldyr, porém pode relatar o que sempre chegou aos seus olhos e ouvidos. “Eu cheguei a Volta Redonda em 2000, então não vivenciei os fatos mais marcantes de Dom Waldyr na cidade. Mas, sempre me marcou um relato, feito por um colega, professor Peterson Pacheco, que, na greve de 1988, viu Dom Waldyr sobre um carro de som enquanto os operários cantavam o hino da Internacional Comunista. Peterson, menino recém chegado de Minas, nunca tinha visto um religioso cantando qualquer coisa que não fossem hinos religiosos. Eu ouvi esse relato, imaginei a cena e me lembrei de Mateus 25,34-40. E o bispo cantar “De pé, oh, vítimas da fome. De pé, famélicos da terra”, é a conjunção da cristandade e da cidadania”, destacou a Professora Abigail. Foco Regional

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