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Parentes e amigos de Marlon Garcia vão às ruas pedir justiça

Parentes e amigos do caminhoneiro Marlon do Valle Garcia, 22 anos, realizaram na noite desta quarta-feira, em Barra Mansa e Volta Redonda, uma manifestação pedindo justiça para o assassinato do jovem. Marlon, que morava na Vila Independência, em Barra Mansa, foi morto com um tiro no pescoço por Alexandre Pançardes, o “Xandinho”, de 19 anos, na saída da boate Studio 54, no Jardim Normândia, em Volta Redonda. O acusado do crime está foragido.

A convocação para a manifestação foi feita através das redes sociais da internet. Uma das organizadoras foi Ellen Marinho, vizinha da vítima, que morava na Rua 6, na Vila Independência, em Barra Mansa. “A gente quer justiça. Este caso não pode cair no esquecimento. Se fosse um menino que mexesse com coisa errada, jamais nos envolveríamos, mas ele era um jovem trabalhador, que nos fins de semana gostava de ser divertir, como qualquer um”, disse a amiga, que viu Marlon crescer, conforme ressaltou.

Segundo o cabo Fábio, da 2ª Companhia de Polícia Militar, entre 800 e mil pessoas – entre elas dezenas de crianças – se reuniram na Praça das Nações Unidas, em Barra Mansa, a partir das 20 horas, de onde cerca de uma hora e meia depois saíram em carreata em pelo menos 300 veículos com destino a Volta Redonda.

O número que chegou à cidade, porém, foi menor, já que um grupo seguiu, primeiro, para a porta da boate. Em frente à delegacia de Volta Redonda, cerca de 250 pessoas se concentraram com faixas e cartazes. A maioria usava camisetas com a foto do caminhoneiro assassinado.

A carreata fechou a Avenida Lucas Evangelista por cerca de uma hora e meia. Oito viaturas da Polícia Militar foram mobilizadas, mas não interferiram na manifestação. Todo o trânsito, inclusive os ônibus, desviou da manifestação pela Rua Luiz Alves Pereira. A avenida ficou interditada entre 22h10min e 23h37min, quando a manifestação foi encerrada, após os manifestantes rezarem por duas vezes o Pai Nosso.

Com palavras como “luto” e “indignação” escritas nos vidros dos carros, eles trouxeram diversos cartazes e uma grande faixa preta, que foram colados na fachada da delegacia. Os participantes gritaram palavras de ordem e chamaram Xandinho de “assassino”.

O delegado Antônio Furtado, que, conforme o FOCO REGIONAL divulgou em primeira mão, negocia com os advogados a apresentação do acusado, não se encontrava no prédio no momento em que o ato foi iniciado, segundo os policiais de plantão. Furtado também não apareceu até o fim do protesto. “O delegado, cadê você, eu vim aqui só pra ter ver”, gritaram os manifestantes. Uma amiga de Marlon, Ana Clara Marinho, leu o trecho de uma declaração em homenagem à vítima, sendo aplaudida pelo público.

O caminhoneiro Anderson Dumont, também vizinho de Marlon, disse que o temor é que a influência da família do acusado resulte na não punição do caso. “O Xandinho já tem passagem pela polícia”, chegou a afirmar Anderson.

O crime – Marlon foi morto depois de se encontrar com Xandinho ainda dentro da boate. Os dois, que eram amigos, se tornaram desafetos desde uma briga durante a exposição agropecuária de Rio Claro, em maio. A versão inicial que circulou é de que, naquela ocasião, Marlon agrediu Xandinho com um soco no rosto, porque o suspeito do homicídio havia brigado com seu irmão.

“O Marlon foi quem levou um soco no olho, dado pela Xandinho. Eu o vi com o olho roxo”, assegurou Ellen.

Jaderson do Valle Garcia (foto), irmão do caminhoneiro, estava com ele na madrugada do crime. Marlon tinha comprado um camarote, mas se encontrou com Xandinho quando decidiu ir ao banheiro. Os dois discutiram, mas não houve maiores problemas. Os desafetos, porém, tornaram a se encontrar do lado de fora. De arma em punho, Marlon teria exigido que Xandinho lhe pedisse desculpas pela agressão em Rio Claro. Não atendido, ele acabou atirando e fugindo em seguida.

Durante a manifestação, Jaderson, que assistiu o irmão ser assassinado, disse que não desejava falar a respeito do que ocorreu do lado de fora da boate. “Se eu for relembrar, não consigo continuar na manifestação. O que eu tinha a dizer já disse ao delegado”, afirmou Jaderson. Em princípio, ele não pretendia conversar com Furtado. Apenas deixou um envelope para que lhe fosse entregue “com um perfil” do jovem assassinado.

Além de Jardeson, outros dois irmãos do caminhoneiro assassinado participaram da manifestação. A mãe do rapaz não esteve presente. O pai de Marlon é falecido e deixou para ele o caminhão com o qual trabalhava. Foco Regional On line

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