Juliana Rolim pede para lojistas ficarem atentos sobre golpe no comércio
23 de outubro de 2013
Carreta tomba na Lúcio Meira em Dorândia
25 de outubro de 2013


Polícia apresenta comerciante suspeito de extorsão

O delegado de Volta Redonda Antônio Furtado apresentou, na tarde desta quinta-feira, o comerciante Maxslei Soares Carias, de 36 anos, preso em flagrante por suspeita de extorsão. A prisão foi efetuada na quarta, depois que a polícia foi procurada por um técnico de refrigeração, de 37 anos, relatando estar sendo extorquido e ameaçado, inclusive de morte.

De acordo com a denúncia do técnico, que pegou emprestados R$ 15 mil, mesmo depois de dar como forma de pagamento um carro avaliado em R$ 10 mil e R$ 14 mil em dinheiro, o comerciante estaria exigindo receber outros R$ 41 mil. A suposta vítima apresentou à polícia gravações de áudio e vídeo, feitas com celular, que comprovariam a extorsão. 

Ao delegado o técnico relatou que as ameaças passaram a ocorrer quando pediu ao suspeito para rever a questão dos juros. Orientado pela polícia, ele marcou encontro com o comerciante, em seu estabelecimento, no Retiro, onde foi feito o flagrante após o técnico deixar o estabelecimento com uma nova gravação contendo mais ameaças. O técnico também entregou à polícia uma folha de papel de caderno com anotações que teriam sido feitas por Maxslei para calcular os R$ 41 mil que cobrava, incluindo, além de juros, uma “taxa de custódia”.

– O comerciante está sendo indiciado por crime de extorsão mediante grave ameaça, crime contra a economia popular e o sistema financeiro e por exigir vantagem de modo ilegal – informou o delegado, acrescentando que as penas, somadas, podem chegar a 16 anos de detenção. “Não temos dúvidas de que há outras vítimas e a orientação é que elas procurem a delegacia”, pediu.

Furtado explicou que o técnico de refrigeração entregou ao suspeito vários cheques de terceiros, mas nenhum emitido por ele foi encontrado no estabelecimento comercial ou na residência de Maxslei, na Ponte Alta. Na loja, a polícia recolheu um talão e 19 cheques com valores entre R$ 300 e R$ 3,8 mil, cujos emitentes, segundo o delegado, serão procurados para se levantar se eles pagaram por serviços ou se foram vítimas de agiotagem.

Ao ser apresentado à imprensa, Maxslei não quis se pronunciar, dizendo que só falará em juízo. Furtado revelou que, ao receber voz de prisão, sem saber da existência das gravações, ele negou as acusações, assegurando ter recebido apenas os R$ 10 mil referentes à venda do carro entregue pelo técnico. Ele negou qualquer outro tipo de cobrança, mesmo de juros, e as ameaças, alegando que o denunciante é seu amigo há cerca de 10 anos. “Disse que não sabia sequer como iria receber os R$ 5 mil que lhe eram devidos, pois já tinha até devolvido os cheques ao devedor. Era uma amizade à base de juros escorchantes”, ironizou o delegado.

– A vítima está com muito receio se Maxslei for colocado em liberdade, não só por ele, mas também pelos que emitiram os cheques que foram entregues ao comerciante – acrescentou o policial. Também de acordo com Furtado, o comerciante tem passagem por injúria e com base na Lei Maria da Penha. Fernando Pedrosa/Foco Regional

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *