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Delegados apresentam suspeitos de assalto em empresa no Retiro

O delegado titular de Volta Redonda Antônio Furtado e o adjunto Rodolfo Atala apresentaram na tarde desta sexta-feira, dois jovens suspeitos de terem assaltados a empresa SSR Melo Serviço de Limpeza Ltda, que presta serviços para condomínios, na tarde do último dia 8, por volta das 16h30min, e levaram cerca de R$ 10 mil, no bairro Retiro, em Volta Redonda.   

Nilson Souza do Carmo, de 25 anos, e Moisés dos Reis Lopes, de 19 anos, são os principais suspeitos do roubo. Moisés foi reconhecido por uma das testemunhas. Nilson, que era funcionário da empresa e prestava serviço no bairro Sessenta, ainda não foi reconhecido, mas o delegado disse que existem fortes evidências de que ele participou do assalto.

Nilson já tem passagem por lesão corporal, roubo, formação de quadrilha, constrangimento ilegal, posse ilegal de arma de fogo, violação de domicílio e fato análogo a homicídio, quando adolescente. Já Moisés, já tem antecedentes por formação de quadrilha, resistência e roubo.

Uma funcionária da empresa foi no escritório para receber o pagamento. No mesmo momento um homem encapuzado e portando uma pistola, pega a funcionária pelo braço e a empurra para dentro da sala. Do lado de fora da sala, estaria Moisés, que usava óculos espelhados, e que foi reconhecido pelos funcionários da empresa.

O homem encapuzado, que a polícia acredita que seja o Nilson, usava de extrema violência. Xingava e batia nos funcionários. Ele puxou uma funcionaria pelos cabelos e bateu com a cabeça dela na porta do banheiro. Eles exigiram dos funcionários o dinheiro, pois sabiam que era dia de pagamento. O terceiro homem ficou na ante-sala.

De acordo com o delegado Antônio Furtado, uma funcionária da firma relatou que dois homens entraram armados na loja exigindo o dinheiro destinado ao pagamento dos empregados marcado para aquele dia – cerca de R$ 80 mil. O delegado disse que as evidências contra Nilson, são muitas. “Dez minutos antes do pagamento ele ligou para ter a certeza de que a empresa faria o pagamento no dia estabelecido e estava muito nervoso”, disse o delegado.

No dia do assalto, o suspeito teria pedido para sair mais cedo, estaria muito nervoso e foi visto falando ao celular. “Me busca aqui, mas não para em frente à empresa. Estaciona mais para frente”, relatou uma testemunha aos investigadores.

Uma funcionária contou que o suspeito enviou quatro torpedos para o seu celular antes do roubo perguntando se o pagamento já tinha saído. Após o assalto, a funcionária ligou para os empregados para dizer que o pagamento não iria sair por causa do assalto. No entanto, Nilson que estava ligando insistentemente para saber se o pagamento iria sair, não atendeu a ligação e ainda faltou serviço no dia seguinte.

Nilson foi preso no dia passado quando trabalhava normalmente. Ele nega o crime. “Nós deveríamos estar na rua (solto). A própria polícia me disse que sabia que eu não era culpado”, reclamou.

Já Moisés que é funcionário de uma empresa terceirizada na CSN, como ajudante de linha férrea, mostrou sua folha de ponto no dia do assalto para provar que estava no trabalho. O delegado, porém, diz que o cartão não serve como prova.

– Encontramos um atestado médico que ele apresentou para ir ao oftalmologista no dia do crime. Antes, ele havia dito para a polícia que ficou o dia todo na empresa. Eles mereciam um prêmio. Eles merecem o troféu de cinismo de 2014 por negarem diante de tantas evidências. Há um festival de mentiras no depoimento – disse o delegado.

Moisés não chegou a ser preso pelos agentes porque, no dia em que foi procurado, não trabalhou. Ele se apresentou no fim da tarde de ontem, acompanhando de um advogado.

Os dois suspeitos tiveram mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Os dois poderão responder por roubo duplamente qualificado com emprego de arma de fogo e concurso de agentes, o que prevê pena de até 21 anos de prisão.

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