A Pedreira da Voldac, em Volta Redonda, ganhou mais um aliado na luta para que ela se torne um ponto turístico e espaço cultural para receber estudantes do ensino fundamental, médio e superior, além de pesquisadores de todo o país. O deputado estadual Munir Neto (PSD) se reuniu esta semana com representantes de entidades envolvidas na luta pela restauração e preservação ambiental do local, entre eles José Maria da Silva (o “Zezinho do MEP” – Movimento Ética na Política) e professores universitários.
Além de uma visita do deputado ao local nos próximos dias, também foi definido que Munir atuará junto ao Estado, ao governo federal e à Prefeitura de Volta Redonda para que se forme uma força-tarefa focada na solução de entraves jurídicos e burocráticos, a fim de que o projeto de preservação ambiental possa ser implantado.
“Logo após a reunião conversei com o Prefeito Neto, que ficou bastante animado com essa força-tarefa que estamos criando. É preciso trazer todas as esferas do poder público para dentro dessa luta, que é importantíssima para o Sul Fluminense, em especial Volta Redonda. A restauração e preservação da Pedreira da Voldac contribui para o equilíbrio ambiental, possibilita a ampliação do conhecimento científico e fomenta o turismo ecológico”, explicou Munir Neto.
A Pedreira da Voldac está localizada em área pública e foi desativada no final da década de 1970, ficando por anos abandonada. É uma região muito rica em biodiversidade, sendo habitada por aves comuns ao ambiente urbano, mas também por espécies florestais endêmicas da Mata Atlântica, como o tiê-sangue, o vite-vite e o Jacurtutu, a maior ave de rapina do Brasil, que tem como habitat paredões rochosos.
Durante o encontro, um diagnóstico da situação atual foi apresentado a Munir. Os professores da UFF Leonardo Costa de Paula e Carlos Eduardo Cunha Martins Silva, também da UniFOA, falaram sobre a perspectiva de inserir a Pedreira no programa de extensão acadêmica das universidades da região. “Temos que ver o que a gente pode fazer para dar acessibilidade ao local e para facilitar não apenas lazer ou turismo, mas também aquisição do conhecimento. A pesquisa acadêmica é um forte aliado da preservação ambiental”, lembrou o deputado.
O paredão de rocha que tem entre 30 e 40 metros aproximadamente fica localizado próximo a uma mina de água e é acessado por uma trilha a pé. A área que abrange trilha, vegetação e paredão chega a aproximadamente 137 mil m², segundo a equipe do MEP-VR.
Irinéia Pereira e o coordenador socioambiental Luiz Gustavo Cavalcanti, ambos do MEP, o secretário do Meio Ambiente de Volta Redonda, Miguel Arcanjo, e seu subsecretário Anderson; além do presidente do Departamento de Recursos Minerais do Estado RJ (DRM), Luiz Claudio Almeida Magalhães, também participaram da reunião.