Sepultamento de médico morto a facada em VR será nesta quinta-feira
31 de janeiro de 2024
Sindicato vai cobrar esclarecimentos sobre morte de trabalhador em obra em VR 
31 de janeiro de 2024


Dengue: Estado do Rio chega a 17.500 casos em 2024 com duas mortes confirmadas

Índice de casos prováveis segue em tendência de alta, principalmente, em cidades vizinhas aos estados de Minas Gerais e São Paulo

O Rio de Janeiro registrou 17.437 casos prováveis de dengue nas quatro primeiras semanas de 2024. No mesmo período de 2023, o estado teve 1.441 registros de dengue. Os dados fazem parte do boletim Panorama da Dengue, divulgado nesta quarta-feira (31/01) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). Foram confirmadas duas mortes ocorridas este ano: uma mulher de 98 anos, em Itatiaia; e um homem de 33 anos, em Mangaratiba.

A taxa de positividade para dengue nos exames analisados pelo laboratório oficial do Governo do Estado (Lacen) oscilou de 35% para 33%. Apenas na terceira semana epidemiológica do ano (14/01 a 20/01), foram processados 4.464 testes para a doença, mais do que em qualquer outra semana de 2023. Divulgado semanalmente pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da SES-RJ, o Panorama da Dengue avalia que a quantidade de casos pode ser ainda maior.

O boletim evidencia também que a doença avança com maior velocidade em cidades menores e mais próximas aos estados de Minas Gerais e São Paulo. Na Região Serrana, o número de casos está 14 vezes acima do esperado para o período, na Metropolitana (Capital e Baixada Fluminense), dez vezes maior. Já na Baía de Ilha Grande e no Centro-Sul Fluminense, são nove vezes mais casos do que o esperado.

Dos 92 municípios fluminenses, 14 apresentam taxa de incidência acima de 500 casos por 100 mil habitantes, com destaque para Itatiaia, Cambuci, Resende e Piraí. Das nove regiões de saúde do estado, apenas uma não apresenta casos além do limite máximo esperado para o início do ano: a Metropolitana II, onde estão sete municípios, incluindo Niterói, São Gonçalo e Silva Jardim.

– Os números estão altos e ainda continuam subindo rapidamente. Historicamente, os casos costumam aumentar no fim do primeiro trimestre e caem a partir de maio, junho. Mesmo que a gente esteja diante de uma antecipação dessa curva de crescimento, o que indicaria uma possibilidade de a queda também acontecer mais cedo, os dados são um sinal de alerta. As pessoas devem evitar a automedicação e procurar atendimento médico aos primeiros sintomas, principalmente se apresentarem febre- orienta a secretária de Estado de Saúde,  Claudia Mello.

Plano Estadual de Combate à Dengue

Na sexta-feira, o governador Cláudio Castro e a secretária Claudia Mello lançaram o programa Gov.RJ contra a Dengue Todo Dia!, que envolve o uso de tecnologia, qualificação e apoio aos 92 municípios do estado. O Governo do Rio comprou equipamentos e insumos que estão sendo distribuídos aos municípios com maior incidência de casos, para a montagem de até 80 salas de hidratação, que terão capacidade para atender, ao todo, até 8 mil pacientes por dia. O investimento é de R$ 3,7 milhões.

A Secretaria de Saúde está treinando 2.000 médicos de emergências e profissionais de saúde dos 92 municípios para garantir o diagnóstico mais preciso e o tratamento correto, como também a capacitação no atendimento às gestantes infectadas. Além disso, 160 leitos de nove hospitais de referência do estado poderão ser convertidos, inicialmente, para tratamento da dengue, como foi feito na Covid-19 .

– Há anos não temos uma epidemia de grande proporção de casos no estado, mas esse crescimento tão forte no início do ano é atípico e preocupante. Muitos profissionais de saúde que se formaram nos últimos anos não tiveram contato com a doença no seu dia a dia. Desde o fim do ano passado, estamos capacitando médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde para um diagnóstico mais preciso e dentro dos novos protocolos de atendimento atualizados pelo Ministério da Saúde. A hidratação imediata é fundamental para o sucesso do tratamento. Organizamos o fluxo de atendimento em UPAs e emergências para dar prioridade aos pacientes com sintomas de dengue, principalmente aqueles mais graves- afirma Claudia Mello.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *