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Suspeita de mandar matar ex-companheiro é presa em VR

A polícia de Volta Redonda prendeu, na tarde desta quarta-feira, Kennya Flores, de 34 anos, apontada como mandante da tentativa de homicídio sofrida por seu ex-companheiro Jhonatan de Castro Alves, de 23 anos. O crime aconteceu em 6 de março do ano passado, na Rua Ferreira Neto, no bairro Vargem Grande, em Piraí. A vítima, que estava em casa, levou cinco tiros disparados por dois homens que, após os disparos, foram embora acreditando que o rapaz estivesse morto.

As investigações da delegacia de Barra do Piraí apontaram que Kennya encomendou a morte do ex-companheiro, por não aceitar o fim do relacionamento. Ela teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Barra do Piraí, que expediu mandados também contra os dois suspeitos de executar o crime, Anderson Arruda, o “Cavadeira”, de 32 anos, e Rosemar da Silva Viana, o “Má”, de 34. Ao apresentar Kennya, o delegado de Volta Redonda, Antônio Furtado, divulgou as fotos  dos suspeitos e solicitou que qualquer informação sobre eles seja passada à polícia através do telefone 197 (Teia Invisível), que garante o anonimato do informante. Ambos têm passagem por tráfico de drogas e eram conhecidos da vítima.

Com base nas investigações da polícia de Barra do Piraí, Furtado relatou que  Kennya não se conformou com o fim do relacionamento com Jhonatan e que já o havia ameaçado de morte. Em depoimento, Jhonatan admitiu que já foi traficante de drogas, atuando no bairro Roseira, e que no período em que viveu com a suspeita ensinou a ela os caminhos do tráfico. “O feitiço virou contra o feiticeiro”, disse Furtado.

De acordo com a polícia, no dia em que Jhonatan foi atingido, testemunhas viram Kennya na esquina da rua onde fica a casa do ex-companheiro, que já tinha iniciado  relacionamento com outra mulher, que estava grávida quando ele foi ferido.

Jhonatan assegurou para a polícia que deixou o tráfico após passar a fazer parte de uma igreja evangélica, trabalhando atualmente como auxiliar de serviços gerais. “Ele, inclusive, já tinha contado ao pastor as ameaças que vinha recebendo”, disse Furtado.

 

Na noite em que sofreu o atentado, o rapaz estava dormindo quando bateram à porta de casa. Ele disse ter reconhecido a voz e o homem perguntou se ele estava armado.

– Minha arma agora é a Bíblia – teria respondido Jhonatan.

Diante da insistência, ele abriu a porta quando dois homens com o rosto coberto com camisas entraram e fizeram os disparos, mesmo ele tendo implorado por sua vida, pelo fato de sua companheira estar grávida. “Este já foi, vamos embora”, teria dito um dos criminosos.

Antônio Furtado disse que a polícia já tinha informações de que Kennya estava residindo no Retiro, em Volta Redonda, e que na manhã desta quarta-feira estaria na Vila Santa Cecília. Agentes da delegacia local foram para o bairro com a foto da suspeita, que foi encontrada e reconhecida nas proximidades do antigo Escritório Central da CSN. Para disfarçar, ela usava apliques.

Ao ser apresentada, Kennya não quis falar com os jornalistas. Para o delegado, disse que só se pronunciará perante o juiz. Nesta quinta-feira, ela será transferida para um presídio feminino no Complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio. Foco Regional

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