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Jornada de Foguetes aproxima jovens das ciências espaciais

Evento mobiliza anualmente milhares de estudantes, professores e escolas de todo o país

Você sabia que um foguete feito com garrafa pet pode voar até 300 metros de distância? Caso duvide, a Jornada de Foguetes, organizada pela 12ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), mostrará que é possível. Além de estimular o aprendizado dos jovens, ao colocarem a teoria em prática, o evento, que será realizado na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, entre os dias 22 de outubro e 08 de novembro, ainda contará com oficinas, sessões no planetário digital itinerante da OBA e palestras com engenheiros da Agência Espacial Brasileira, entre outros.

Serão mais de duas semanas de muito conhecimento, ciência e atividades, reunindo alunos e professores de todo o país. Foram convidados 1.527 alunos de 568 escolas. As equipes foram selecionadas a partir da 12ª MOBFOG, realizada junto com a 21ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) em maio. A edição de 2018 da MOBFOG recebeu 118.414 alunos. Participaram 2.118 escolas espalhadas pelo país.

– Participam das Jornadas estudantes de todo país, com diferentes realidades e, para muitos, a dificuldade é enorme para chegar até Barra do Piraí. Mas o interesse é muito maior e eles vencem toda e qualquer barreira por essa oportunidade. Tanto que tivemos que ampliar o evento, dividindo em jornadas consecutivas, uma vez que o Hotel não comporta tantas pessoas simultaneamente – relata orgulhoso João Batista Garcia Canalle, coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).

Esse ano, os campeões receberão material didático e troféus no formato do foguete russo Soyuz. Para os vice-campeões, o prêmio será na forma do VS-40. Quem obtiver menção honrosa levará uma réplica do Sonda III.

– Participar da Jornada de Foguetes já é um grande prêmio aos alunos e professores, pois significa que os alunos estão entre aqueles que melhor construíram suas bases de lançamentos e seus foguetes em todo o Brasil. Para tanto, aperfeiçoaram a aerodinâmica do foguete e ajustaram as quantidades de bicarbonato de sódio e ácido acético de modo a obterem a maior pressão com o menor peso possível. Isso tudo os coloca próximos das situações reais que os engenheiros aeroespaciais enfrentam para construírem seus foguetes – explica Canalle.

Durante a jornada, os jovens vão apresentar os seus foguetes de garrafa pet e suas bases de lançamento. Os protótipos serão movidos a combustível líquido composto de vinagre e bicarbonato de sódio. Além dos lançamentos, o programa ainda vai promover palestras de astrônomos e especialistas em astronomia e astronáutica.

Os vencedores serão aqueles que lançarem os foguetes o mais longe possível. Além disso, haverá prêmios para as seis melhores apresentações. O júri, para essa avaliação, será composto pelos professores de todas as equipes presentes. Serão analisados pela banca examinadora os seguintes pontos: acabamento e originalidade do foguete; acabamento e originalidade da base; segurança e apresentação da equipe participante.

A MOBFOG

Realizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a inciativa é aberta aos alunos de escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio. A finalidade é avaliar a capacidade dos jovens de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet ou de canudo de refrigerante, conforme o nível do aluno.

Somente os participantes do nível 4 (projetos de foguetes de garrafa pet movido a vinagre e bicarbonato de sódio) são convidados para a Jornada. Além da distância dos protótipos, os trabalhos também são avaliados por meio dos relatórios enviados pelos estudantes e professores à coordenação da Mostra. Caso a escola esteja dentro das regras e atinja o objetivo, é convidada para participar da Jornada de Foguetes.

A iniciativa terá como apoiadores a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Agência Espacial Brasileira (AEB), a Fundação Marcos Pontes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a AVIBRAS e a VISIONA.

Os lançamentos

Os foguetes serão lançados numa pista de pouso, de pequenos aviões, do Hotel Fazenda Ribeirão, localizado em Barra do Piraí, no interior do Rio de Janeiro. Para a execução da prova, o protótipo deve ser fixado na base, que é fincada no chão. Em inclinação de 45º, será apontado numa direção livre de pessoas, árvores altas, fios elétricos, móveis, estabelecimentos ou residências, mantendo todos afastados do local de lançamento e protegidos por uma rede de náilon num diâmetro de 10 metros.

Antes do lançamento, o grupo deverá promover contagem regressiva. Depois, o gatilho, que pode ser usado em forma de barbante, é puxado secamente. Nesse momento, o foguete sai da base violentamente num movimento parabólico, atingindo entre 100 e 200 metros ou até mais, dependendo, é claro, da aerodinâmica dada ao foguete e da otimização das quantidades de vinagre e de bicarbonato de sódio.

Para o combustível é usada a força de empuxo gerada a partir do gás produzido pela mistura química de vinagre com bicarbonato de sódio. Os vencedores são definidos a partir da combinação ideal entre o volume destas substâncias, a quantidade e o tamanho das aletas, o ângulo de lançamento, a direção do vento e o tamanho e o peso do foguete, além, é claro, do alcance obtido.

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